Os casais homossexuais e a adoção de crianças
Confesso que um psicólogo pode mudar a minha opinião e que não tenho sobre o tema ideias definitivas. Quanto ao casamento entre indivíduos do mesmo sexo não tenho nem tive dúvidas. Respeito a orientação sexual de quem quer que seja.
Não entendo, nesta desvairada tática política, nas traquinices partidárias, os objetivos de um referendo e a negação da legitimidade representativa da A.R. e da liberdade de voto dos deputados em matéria que põe em causa problemas de consciência.
A estranha conceção de família e as alusões à mais retrógrada ideologia clerical-fascista estão longe de me convencerem. Não sei se é útil para as crianças trocarem o abandono pela companhia de um casal gay, se é preferível uma família verdadeira de um agressor alcoólico e de uma mulher sofrida, ambos desejosos de enjeitar a criança, ou confiá-la a um casal homossexual que a deseja, passando pelo crivo de psicólogos, assistentes sociais e, finalmente, pela decisão de um juiz.
O que sei, de ciência certa, é que há homossexuais com filhos próprios ou adotados e que são educados pelo casal legalmente constituído. Nada impede um homossexual ou uma lésbica de adotar uma criança mas, se vier casar, como a lei permite, a criança não pode partilhar legalmente o património afetivo e/ou habilitar-se à herança de ambo/as.
Parece haver uma dose de hipocrisia que joga com as crianças para fins eleitorais e com os preconceitos para envenenar ainda mais a atmosfera política.
Não entendo, nesta desvairada tática política, nas traquinices partidárias, os objetivos de um referendo e a negação da legitimidade representativa da A.R. e da liberdade de voto dos deputados em matéria que põe em causa problemas de consciência.
A estranha conceção de família e as alusões à mais retrógrada ideologia clerical-fascista estão longe de me convencerem. Não sei se é útil para as crianças trocarem o abandono pela companhia de um casal gay, se é preferível uma família verdadeira de um agressor alcoólico e de uma mulher sofrida, ambos desejosos de enjeitar a criança, ou confiá-la a um casal homossexual que a deseja, passando pelo crivo de psicólogos, assistentes sociais e, finalmente, pela decisão de um juiz.
O que sei, de ciência certa, é que há homossexuais com filhos próprios ou adotados e que são educados pelo casal legalmente constituído. Nada impede um homossexual ou uma lésbica de adotar uma criança mas, se vier casar, como a lei permite, a criança não pode partilhar legalmente o património afetivo e/ou habilitar-se à herança de ambo/as.
Parece haver uma dose de hipocrisia que joga com as crianças para fins eleitorais e com os preconceitos para envenenar ainda mais a atmosfera política.
Comentários
A questão jurídica de a adopçao implicar ficar com dois pais ou duas mães não é pacífica, não é justa, não é aceitável.
não pode a criança escolher um dia o que prefere, neste particular?
Penso no assunto com seriedade.
Conheço casos de crianças adotadas por pessoas homossexuais. Se a pessoa que adotou vier a casar com outra do mesmo sexo, devemos impedir que a criança partilhe legalmente o património afetivo e os bens de ambos, com direito à herança?
Lembra-se destes comentários a propósito do seu texto de 18 de Maio? A nossa senhora não me enganou. Desta vez...Está sendo mesmo uma vergonha.
"Será que está mesmo de parabéns a tal "A.R."? Esperemos pela votação na especialidade: quer-me parecer que vai ser uma vergonha de "A.R."
(...)
sáb Mai 18, 06:56:00 da tarde
Blogger Carlos Esperança disse...
Espero que não tenha razão, José Auzendo.
sáb Mai 18, 07:45:00 da tarde
Blogger José Auzendo disse...
Eu também, Carlos Esperança.
Mas vou ter, disse-mo a nossa senhora.
A sua Nossa Senhora é uma fonte de surpresas mas a AR não devia ser.