«Quem rouba a ladrão tem cem anos de perdão» (Adágio)



Antes que, por vergonha, o CDS-Algarve apague o texto, aqui fica com o link respetivo:
A Meta dos Ladrões – Mealhada

Os delegados do CDS Algarve ao Congresso foram assaltados num conhecido restaurante localizado na Mealhada.
Contamos em duas linhas a mirabolante aventura que alguns congressistas sofreram ontem domingo, no seu regresso ao Algarve:
Atraídos pela famosa boa gastronomia e normal hospitalidade da Mealhada, resolveu um grupo de 15 congressistas parar num conhecido restaurante daquela localidade para degustar o famoso pitéu convivendo desta forma antes da longa viagem até suas casas. O leitão veio a contento dos comensais, a vitória do Benfica ajudou à festa, e no final, apresentada a conta, que apesar de ser considerada exagerada, foi paga.

Contudo, já no exterior do restaurante, e apercebendo-se de serem apenas 15,e que a conta que tinham acabado de pagar contabilizava 19 refeições, tentou um dos membros do grupo esclarecer o erro e que o mesmo fosse corrigido pelo restaurante. A justificação do responsável pelo restaurante foi a seguinte: tendo-se ele apercebido que eram do CDS e como tal apoiantes do governo, e aqui cito ipsis verbi as palavras proferidas “desse governo que nos rouba, então para me defender eu também os roubo a vocês” !!!

Solicitado o livro de reclamações o mesmo não foi facultado, a quantia cobrada a mais não foi devolvida, pelo que irá aquele grupo de Algarvios apresentar queixa na justiça. Entretanto aqui fica o alerta: se forem à Mealhada, das duas uma: ou não dizem que são do CDS, ou então escolham outro restaurante. Na META DOS LADRÕES não são benvindos.

Comentários

O que aconteceu no Restaurante Meta dos Leitões foi que as doses, como é natural em quem tem a voracidade do CDS, não foram suficientes.

É pena que a versão do CDS, além da razoável ingenuidade da afirmação, «não diga que é do CDS», seja tomada a sério.

A verdade para o CDS, tal como para Paulo Portas, é um detalhe que pertence ao foro da semiologia da palavra.
e-pá! disse…
No restaurante de Mealhada terá ocorrido, de facto, um erro semiológico. Em vez de se justificar com questões de reciprocidade de ladroagem o caixa bem poderia ter afirmado: "o que tem de ser tem muita força...".
E os congressistas teriam 'engolido' a justificação (já estavam sensibilizados para 'isso') e prosseguido discretamente a sua viagem para penates, à espera de um outro 'ser', ou de uma outra 'força'...
Por outro lado, não é perceptível a dimensão da indignação.
Os 'mercados' ditos 'livres' - segundo julgo - funcionam assim: quando a procura cresce, os preços sobem...

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