Passos Coelho: mais uma blague infeliz…
O primeiro-ministro teceu, de novo, mais uma consideração sobre a Grécia. Disse referindo-se aos gregos que “é difícil ajudar quem não quer ser ajudado” link.
Incorreu naquela conhecida asserção de o que é novo não é inovador e o que pretende ser inovador não é novo. Isto é, entrou na 'quadratura do círculo'.
Todos se lembram de um trocadilho sobre: “Há nos confins da Ibéria um povo que nem se governa, nem deixa ser governado”. Esta ‘boutade’ é atribuída Júlio César quando, no seu ímpeto imperialista, sentiu, no terreno, dificuldades na ocupação da Península.
Representa, por outro lado, a vontade indómita de marcar a identidade lusitana contra a ocupação estrangeira.
A frase de Passos Coelho, diferente no tempo, encaixa-se no contexto, indo beber a este aforismo. Mostra, contudo, que existe sempre espaço para traidores dispostos a venderem-se. Contudo, Tsipras não é um novo Viriato.
A Grécia tem uma história longa e rica no que diz respeito à resistência perante múltiplas tentativas de ocupações estrangeiras. Quando muito os gregos têm como referência e inspiração Esparta e o mítico rei Leónidas que, encurralado no desfiladeiro das Termópilas, resistiu heroicamente à dominação persa.
A arenga de Passo Coelho, salvaguardadas as distâncias históricas, faz-nos relembrar o episódio de Minuro, o traidor, a quem coube a vil tarefa de assassinar Viriato. O traidor não teve um 'fim feliz'…
Comentários
uma sua atitude de 2011.
Quando para 'ajudar' Portugal, tirou o tapete ao PM do PEC IV.
Da Lei das compensações na psicologia.