Um mini-balanço para um maxi-problema…
O Eurogrupo chegou esta madrugada a um acordo para manter a Grécia na moeda única link.
Sempre a moeda na centralidade dos mecanismos decisórios.
Um dia chegará a vez da política (europeia). Nesse dia teremos a noção da fragilidade, da indecência e do carácter efémero do se pretendeu, ainda, ‘arrancar’ do já espoliado povo grego, sob a batuta dos ‘credores’.
A Europa conseguiu [mais uma vez!] adiar a hecatombe anunciada no horizonte do Velho Continente. Segue-se um compasso de espera com as eleições gerais em Portugal e Espanha. De seguida o filme prosseguirá com estes ou outros actores. As eleições decidirão. Mas sendo importantes os protagonistas fulcral será o guião (político). É por esta razão que muitos cidadãos europeus esperam (desejam) que a crise grega possa ter aberto novas portas. É, também, por estas razões, que as eleições peninsulares tornaram-se, subitamente, importantíssimas. O equilíbrio (e dialecticamente todos os desequilíbrios) passarão por aqui.
O acordo arrancado ‘a ferros’ ontem, com outras variantes do espectro político e outros protagonistas (por esta ordem), teria sido fácil, menos pungente, enfim, mais justo.
Comentários
Algum partido que não "aproveite" os fundos estruturais ganha eleições num país destes? Claro que não. Mesmo que explique aos eleitores que não o faz para não aumentar a dívida...
Isto é que devia estar a ser discutido em Bruxelas.
Depois dizem-me que ando a propalar a teoria da conspiração. Como se isto não estivesse tudo combinado para comprar a preço de uva mijona as riquezas dos países pais débeis. A propósito, como anda aquilo lá pela Líbia? Ainda havemos de ver a solução Líbia a ser aplicada a um país europeu. Já deve faltar pouco.