A vocação totalitária desta direita

A pulsão totalitária de quem tem uma leve ideia da democracia, forte ressentimento da Constituição e especial volúpia pelo poder, revela-se no terrorismo verbal contra quem pretende uma alternativa à difícil herança que deixa e mais se aproxima de Salazar do que dos fundadores do PSD e do CDS, Sá Carneiro e Freitas do Amaral.

Temem que, com António Costa no Governo, não haja eleições europeias, autárquicas e legislativas? O que receiam Cavaco, Paulo Portas e Passos Coelho, prescritos que estão eventuais ilícitos fiscais e/ou sanções penais de negócios nebulosos?

Quem não respeita a autonomia dos partidos para livremente fazerem acordos, por mais que disfarce, é a democracia que enjeita. Que raio de democracia seria a que Cavaco e a dupla Paulo Portas/Passos Coelho pretendiam que, permitindo ao PCP e BE exercerem o poder autárquico, os banisse do poder central?

Acaso, por constrangimento constitucional, lhes permitem a entrada na A.R. mas jamais a participação ou, sequer, a viabilização, com o seu voto, de qualquer Governo?
E pensam que são democratas, quando apenas lhes faltam os instrumentos de repressão para eliminar adversários? À inépcia com que exerceram as funções juntam a vergonha de se terem desmascarado.

No estertor deste PR, deste Governo e da ex-maioria, a escola salazarista permanece em apoteótico esplendor em Belém e S. Bento.

Ponte Europa / Sorumbático

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