Dezembro de 2015 e dealbar de 2016…
Nesta noite festiva, segundo o calendário gregoriano, é difícil para um europeu não estar assoberbado por uma profunda intranquilidade. Primeiro, pela crise económica e financeira que teima em não desaparecer. Os tempos de ‘bem-estar’ do progresso e do desenvolvimento estão cada vez mais distantes e longínquos. Depois, pelo drama dos refugiados vítimas de guerras das quia a Europa não pode afirmar que tem a mãos limpas. Não vamos tecer considerações sobre a crise económica e financeira, já muito longa e sem fim à vista, onde as queixas e recriminações são mais do que muitas, porque dedicar a atenção para este problema (grave) soa, neste momento, a um certo egoísmo. Por outro lado, o drama dos refugiados não pode ser ignorado ou desvalorizado. Esta tragédia que bateu à nossa porta e invadiu o nosso sossego sem que – mais uma vez – a prevíssemos. Trata-se do mais intenso fluxo migratório depois de 1945 que levantou uma maré de incertezas, miséria e desespero que j