Trump ou um tedioso nojo político …
As primárias para as presidenciais americanas têm sido uma autêntica caixa de pandora. Todo o tipo de argumentos têm sido usados pelos diferentes candidatos para levar a água ao seu moinho. Mas, apesar de tudo, no meio desta salgalhada é ainda possível separar o trigo do joio. Assistimos a tudo o que era previsível e, simultaneamente, ao inimaginável.
O candidato Donald Trump, em vésperas da sua nomeação pelo Partido Republicano, tem sido um exímio construtor de gafes, insinuações e injúrias.
A última das invectivas de Trump atinge as raias do inacreditável. Aparece, agora, a acusar Hillary Clinton, eventual opositora eleitoral pelo Partido Democrático, de cúmplice das infidelidades conjugais do seu marido link.
Transformar um(a) candidato(a) num ser devoto da automutilação não é luta política mas sim uma aberração que exala, em remoinho, de uma mente doente.
O ‘magnata candidato’ não tem sensatez nem escrúpulos. Tenta ultrapassar os seus pecadilhos – que os tem - apressando-se a acusar os outros de perversões imaginárias e absurdas, numa desvairada tentativa de manipular mediaticamente as suas próprias limitações. É uma espécie de exorcismo político das maldades para realçar veleidades.
Na verdade, Trump na sua grotesca ligeireza, fanfarronice e infantilidade assemelha-se ao símbolo do “ouroboros”, isto é, o réptil que morde a sua própria cauda, alimentando com as suas tiradas, redondas, grosseiras e provocatórias, o círculo vicioso do insulto, da mediocridade e da alienação porque, de facto, não tem outra coisa para oferecer aos americanos.
Existe um provérbio popular português que define este tipo de estratégia eleitoral: “ Quem não te conhecer que te compre”.
… Depois saberá a prenda que leva!
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