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A mostrar mensagens de dezembro, 2017

Feliz ano de 2018

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Hoje é dia de ser feliz, de engolir as doze passas com um gole de champanhe e implorar uns tantos desejos a uma qualquer divindade, quando a longitude e a hora legal decidem que finda o ano e outro começa. Por entre beijos húmidos e abraços vigorosos, sonhos inúteis e risos programados, lá se esquecem as desgraças do ano que morre e fantasiam as alegrias do ano que nasce. É o júbilo planeado pelo calendário, a liturgia da festa que se extingue na alvorada do novo dia e na ansiedade de mais um ano imprevisível. Hoje é dia de desejar a paz e o amor, enquanto a xenofobia, o racismo, a homofobia e a misoginia, sem darem tréguas, param apenas por alguns segundos da hora que segue os fusos horários, de oriente para ocidente, até mergulhar no ocaso do dia que a República Portuguesa de 1910 fez feriado, sob o nome de Dia da Fraternidade Universal. Pudera todo o ano, em todo o Globo, merecer o epíteto que os republicanos portugueses deram ao dia, nos trezentos e sessenta e cinco dias qu

Habemus Marcelum

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Tal como tinha sido anunciado pelo cirurgião que o operou, Eduardo Barroso, «logo que o intestino volte ao funcionamento normal», outra forma de se referir à regularização do peristaltismo intestinal, o PR teve alta. O país, que não o via nem ouvia há mais de 48 horas, respirou de alívio. A partir de hoje, os portugueses que não fazem zapping terão oportunidade de ter a sua companhia permanente e, os mais supersticiosos, de acreditar no dom da ubiquidade. Da minha parte, desejo-lhe, como devo, rápido e total restabelecimento.

O PR, os fogos e as previsões

Daqui a duzentas e catorze missas, uma mensagem de Ano Novo, uma gripe, seis beija-mãos episcopais, quatro mil e seiscentas entrevistas, declarações e comentários e outra hérnia, estaremos a escutar Marcelo, à saída da missa de sufrágio por novos mortos dos incêndios que vierem, a dizer que nada aprendemos com as tragédias do ano anterior. É fácil, a quem não governa, e a quem as desgraças aumentam a reputação e o afeto, ir ao encontro de um país que espera sempre um D. Sebastião nos dias fumegantes de cada incêndio que se repete. Agora, quando a chuva e frio nos fustigam, apesar do aquecimento global e da escassez de água para repor os lençóis freáticos, é a altura adequada à reflexão sobre as tragédias vindouras, antes de acusarmos os suspeitos do costume. É agora que convém indagar o que sucede aos pirómanos filmados pela PJ; o que fazem os autarcas, que nos custam uma fortuna, na prevenção dos incêndios; o que faz a EDP para evitar que as linhas de alta tensão façam curto-cir

Espanha, Catalunha e dilemas do presente…

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As declarações de fim de ano do chefe do Governo espanhol não contribuem para a resolução do principal problema que enfrenta: a secessão da Catalunha.   Há uma frase esclarecedora: “ A Espanha não pode ser chantageada e a Europa não dará reconhecimento nem legitimidade aos que violam a lei, como ficou demonstrado" link .   Deixemos de lado as questões europeias, importantíssimas, mas já sumariamente tratadas noutro post, e concentremo-nos na românica velha Hispânia.   Reduzir a questão catalã a uma chantagem pode servir para iludir a questão, prolongar o status quo que coloniza os círculos do poder madrilenos, mas os ‘espanhóis’ sabem bem que o problema não se resolve pela repressão, ou seja, à volta de eventuais atitudes repressivas e ameaçadoras, sempre dolorosas e fraturantes.   Aliás, como se pode verificar a aplicação estrita da Lei (o tão invocado artº. 155 da Constituição espanhola) não resolveu o problema e a convocação de eleições no país Catalão, tão

Pensando em meu pensamento

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A degradação a que Cavaco Silva, Miguel Relvas, Marco António e Passos Coelho conduziram o PSD é responsável pelos candidatos a líderes que apareceram, sendo Rui Rio o mais capaz para destruir o partido e Santana Lopes o mais competente para arruinar o País.
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O BEIJOQUEIRO DE ANÉIS É inadmissível que um Presidente da República Portuguesa, que é o representante máximo do Estado - que é um Estado laico - e, quando no exercício das suas funções, age em nome de todos os portugueses (católicos, fiéis de outras religiões, agnósticos e ateus) ande por aí a beijocar os anéis de clérigos de uma determinada religião. Pouco tempo depois de tomar posse como Presidente, Marcelo foi, em nome de Portugal, prestar vassalagem ao Estado do Vaticano, curvando-se para beijar o anel do Chefe desse Estado (o Papa). Essa atitude foi objeto de muitas críticas, mas isso não valeu de nada: há dias, em Pedrogão, deu uma beijoca no apêndice anelar do bispo de Coimbra. Que mania! "Errare humanum est, diabolicum perseverare" (errar é humano, reincidir é diabólico).

As amarras de António Saraiva e as colagens de Rui Rio…

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António Saraiva exerce o cargo de presidente da CIP e mostra-se muito preocupado com a dependência do Governo da extrema-esquerda (uma linguagem da icónica Direita para designar o PCP, BE e PEV). Vê as eleições para a liderança do PSD como uma oportunidade do PS se libertar dessas alianças e regressar ao redil do ‘ centrão ’. Disse aos microfones da RR: a nova liderança do PSD deverá proporcionar uma maioria parlamentar ” que permita que o país se liberte de algumas grilhetas e que se façam as reformas que, até agora, lamentavelmente, não foram possíveis ” link .   Reformas permanentemente exigidas ou anunciadas mas que nunca concretizam o seu teor são o alibi para o regressar das políticas neoliberalizantes. Essas (reformas) na menga são o elogio oculto - e espero que envergonhado - do mercado livre (sem qualquer tipo de regulação), dos despedimentos fáceis (‘reestruturações’), das privatizações (o que é público é aprioristicamente mau), da compressão salarial (para aumen

Convicções e política

Quem não admite o contraditório não merece que respeitem as suas ideias, e quem não defende as suas convicções arrisca-se a que as ignorem e lhes vedem o espaço. Uma sociedade de verdades únicas é uma comunidade pobre nas ideias, nas instituições e nas relações interpessoais. Não há verdades únicas ou imutáveis. A mudança é a base do progresso, e a cultura cívica deve adaptar-se à convivência com a diferença. Numa sociedade madura não pode haver inimigos, apenas adversários. As divergências são saudáveis e não há sínteses sem que à tese seja contraposta a antítese, num processo dialético que serve igualmente todas as ciências: formais, empíricas e sociais. Só existe democracia com partidos políticos concorrentes, ideias divergentes e disputa vigorosa. Em Portugal, durante 48 anos de fascismo, o totalitarismo moldou o pensamento e criou aversão à discussão e medo à divergência. Os partidos políticos, em graus diferentes, não primam pela discussão de modelos de sociedade e, muito m

O PR francês e a laicidade

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Le Figaro.fr e a AFP informaram que o PR francês, Sr. Macron, recebeu no Palácio do Eliseu, representantes das ‘seis principais religiões’ (i.e., as de maior poder financeiro e peso eleitoral). Na sequência da audiência concedida, no dia 21 deste mês de dezembro, aos dignitários das Igrejas católica, protestante, ortodoxa, muçulmana, judia e budista, afirmou-lhes que estaria “vigilante” quanto ao risco de uma “radicalização da laicidade”. Não se admitindo que o PR francês desconheça a matriz centenária da Constituição, que o obriga a defender a laicidade, só a demagogia explica a prometida vigilância, como se a maior virtude e exigência da democracia fosse crime. Quanto à “radicalização da laicidade”, paradoxo que só pode nascer na cabeça obtusa de um clérigo ou na subserviência torpe de um político sem coluna vertebral, urge explicar que a radicalização da neutralidade, seja no que for, é uma impossibilidade conceptual. «A França tornou-se oficial e expressamente um Estado l

Momento de poesia

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A última declaração de amor… Quando começarmos a decapitar e a enforcar as estátuas é porque já estamos em declínio. É o tempo em que o tempo se escapa pelos dedos. E isto também é verdade para as praias e para os búzios. Infelizmente... Depois do naufrágio, irei novamente subir as escarpas dos rochedos que guardam a praia. E ali ficarei a olhar o luzeiro do céu, para ver as estrelas a incendiar as almas. … Farei então a minha última declaração de amor . Alexandre de Castro Lisboa, Novembro de 2015

CDS: ocultas e pias razões para esgrimir no Natal…

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A mensagem de Natal do primeiro-ministro focou um dos caminhos para a segunda parte da legislatura: o emprego link . Ou seja, a qualidade do emprego. Desmontar os mecanismos de ‘flexibilização’ introduzidos pela deriva neoliberal do PSD/CDS desenhada à sombra da Troika tornou-se imperativo. Daí a asserção proferida pelo primeiro-ministro de que “…O emprego está no centro da nossa capacidade de conquistar o futuro ”.   A estabilidade no terreno social, bem como a coesão nacional passam por este item. Melhorar as condições de empregabilidade, passa por erradicar a precariedade e alterar os níveis da retribuição salarial, drasticamente 'comprimida' durante o governo PSD/CDS. Mais, o estancar da sangria de jovens quadros que abandonaram o País (neste fatídicos 4 anos), bem como o estímulo para o regresso de (pelo menos) parte deles está diretamente dependente de alterações no quadro laboral e salarial. Alterações que se resumem numa frase: dignificar o trabalho.   O CDS

Jerusalém e hipócritas ditames…

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Tzipi Hotovely O Governo israelita não desiste de enfrentar a comunidade internacional. Reconfortado com a decisão do presidente da Guatemala, Jimmy Morales (evangélico militante, comediante de profissão e dirigente da Convergência ‘nacionalista’ guatemalteca), que à boa 'maneira trumpista' decidiu anunciar no facebook que iria ‘acompanhar’ a provocação de Donald Trump, quanto ao estatuto de Jerusalém, lançou-se numa chicana política anunciado hipotéticos novos aderentes.   É muito cedo para festejar esta nova adesão. Provinda do sector da Direita nacionalista da América Central é bom ter presente que Jimmy Morales, chefe de Estado e do Governo guatemalteco, não tem maioria no Parlamento (Congresso da República). Vamos esperar para ver os próximos desenvolvimentos nos revelam…   O interessante e simultaneamente abominável é a campanha urdida pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita. A vice-ministra Tzipi Hotovely, em recente entrevista a um jornal israe

Um balde de água fria para os portugueses

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Não sou grande entendido em questões de futebol, mas reconheço a sua importância na sociedade, e vibro com as vitórias de Cristiano Ronaldo e Mourinho, tal como me sinto desalentado com os seus fracassos. Nutro, por ambos, especial afeto, embora não saísse de casa para os ver ao vivo. Não se me pode levar a mal que tenha considerado um exagero as homenagens de que o mais dotado futebolista português de todos os tempos tem sido alvo. A denominação de um aeroporto com o seu nome é de um provincianismo que envergonha e a que os mais altos dignitários nacionais se associaram. Foi um exagero infeliz, uma decisão de quem ignora nomes como os de Gago Coutinho, João Gonçalves Zarco e Herberto Hélder, por exemplo, para uma infraestrutura daquela dimensão, enfim, um desvario autonómico. Os meus leitores, nem sempre aprovaram o desacordo que então manifestei, na mesma linha de coerência com que condenei honras de panteão para Amália e Eusébio. Aliás, em relação a Ronaldo, referi a idade com

A Europa e a Catalunha…

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  Depois dos resultados obtidos nas eleições de 21 de dezembro, realizadas na Catalunha, qualquer cidadão europeu – ao que é suposto esta região faz parte da Europa – está à espera que Mariano Rajoy declare a sua olímpica incompetência para resolver este assunto. A partir daí os europeus estarão aptos a (livres para) discutir a ‘questão catalã’, sem peias e sem condicionalismos do tipo “ trata-se de um assunto interno de Espanha ”. Já ultrapassamos este limiar. A ‘fuga judicialista’ de Rajoy que tem sido mascarada como sendo uma deriva ‘constitucionalista’ já esgotou a sua utilidade, isto é, foi chão que deu uvas. Foi a sua 'jogada' e falhou estrondosamente. Começa o tempo das resoluções políticas e da procura de soluções, como quem diz as negociações entre Madrid e Barcelona, sem condições prévias que libertem o óbvio do armário dos espectros como são os nacionalismos, os independentismos, as ‘traições’ e o desfazer de um ‘império’ já desfeito (que efectivamente

Os incêndios e a chantagem ao Governo

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Ninguém é insensível à dor e ao luto dos que perderam os entes queridos, no inferno dos fogos, e os haveres na voragem das chamas, mas há abutres que continuam atraídos pelo odor dos cadáveres e exploração dos sentimentos, sem respeito pelos defuntos. Curiosamente, ninguém pergunta aos autarcas o que fizeram para prevenir incêndios e o que falhou nos planos de proteção civil, que lhes cabia elaborar e executar; ignora-se a EDP, cujos fios de alta tensão atearam fogos; esquecem-se incendiários que a PJ filmou em flagrante; isentam-se os donos das matas das obrigações de limpeza. Há quem ganhe com a desgraça e capitalize danos, enquanto a direita procura incinerar o Governo nos fogos que espevita. Deixemos repousar os mortos e as famílias fazerem o luto, que as filmagens impedem e a oportunidade de aparecer na televisão, com o PR, dificulta. É altura de saber por que motivo não há quem peça a um juiz que permita o acesso aos seguros dos que os tinham; se há forma de punir quem, t

Mensagem de Natal - RTP1

Depois de tantos doces quis provar o sabor amargo da mensagem do Cerejeira, digo, do bispo de turno em Lisboa, o Sr. Manuel Cardeal Clemente. Impediu-me a indolência de mudar de canal, e fui compensado com uma belíssima orquestra a emitir de Londres. Era o bispo dos colégios amarelos com um discurso de deputado do PSD, da última fila. Falou de fogos e de mortos, sabendo-se que os últimos são os da sua especialidade e os primeiros foram apagados com a extinção da Inquisição. Era uma figura banal a debitar trivialidades. Quando os crentes começam a duvidar dos méritos dos seus bispos, acabam por se esquecer da bondade do seu Deus. Nem o Diabo lhe vale.

Há 2017 anos

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Ainda bem que foi engano.  De outro modo, hoje não haveria consoada.

As IPSS e as circunstâncias …

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É hoje comum tecer-se os mais rasgados elogios ao papel das IPSS, nomeadamente, a reboque do mais recente período de crise. Este veio realçar as insuficiências do Estado Social e as IPSS, todos verificamos, desempenharam um papel complementar no alívio dessas evidenciadas (pela crise) carências. Visível é um outro facto que é, diariamente, escamoteado: a liberalização económica (e financeira) aumentou as desigualdades sociais e colocou a ação social no centro das práticas de cidadania. Até ao 25 de Abril e à Constituição de 1976 o papel das IPSS era definido como ‘supletivo’ pormenor que faz toda a diferença com a complementaridade atual. Passamos da atividade caritativa e assistencialista para a solidariedade dentro do conceito de Estado Social. No que diz respeito à ‘Ação Social’ as relações entre o Estado e as instituições particulares de solidariedade foram sendo regulamentadas a partir de 1979 (Dec. Lei 519-G2/79 de 29 de dezembro) que estabelece o ‘Estatuto das Instituiçõe

Reflexão do solstício de Inverno de 2017

É meia-noite. Neste dia, que precedeu a noite mais longa do ano, no hemisfério norte, chegaram as más notícias. Hoje mesmo, a Catalunha derrotou, nas urnas, a Espanha, e é metade da Catalunha que derrota a outra metade, e, com os derrotados, a Europa, onde os demónios nacionalistas acordaram, vai progressivamente reduzindo a sua referência como pilar da cultura, da liberdade e da democracia. A Polónia, cuja deriva autoritária a encaminha para o desrespeito dos direitos humanos, tem o apoio da Hungria a evitar que a UE a possa obrigar a respeitar a independência do poder judicial. É o poder totalitário que se aproxima, 72 anos depois da Grande Guerra. As ogivas nucleares estão em estado de alerta em vários pontos do Globo; 40 milhões de escravos aguardam comprador; a ONU é ameaçada de asfixia financeira por Trump; milhões de refugiados contentam-se em não morrer, enquanto as desigualdades sociais se agravam, a água falta, os alimentos escasseiam, o ozono mingua e o oxigénio se tor

Boas Festas

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Car@s amig@s Como ateu e com respeito por todos os crentes (não tanto pelas crenças) desejo a tod@s um excelente solstício de Inverno que hoje acontece e um feliz ano de 2018. Obrigado aos leitores que têm paciência para me ler.

Arre …, que é demais!

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Marcelo estava destinado a ser um PR popular. Depois do antecessor, qualquer um seria melhor e mais estimado. Marcelo acrescentou à sua empatia, a inteligência, a cultura e o brilho académico. Depois da patética e ressentida posição de Cavaco Silva contra um Governo legítimo, a que não pôde recusar a posse; depois de, na sua falta de cultura democrática e cívica, ter vacilado, ameaçado e difamado os partidos que legitimamente o sustentavam; depois de procurar assustar os mercados internacionais com diatribes anticomunistas, herdadas do salazarismo, Marcelo foi a lufada de ar fresco que pôs termo à crispação do País. No início do seu mandato, este PR, não podendo fazer diferente, fez o que devia, e fê-lo com verticalidade e inteligência. Todos lhe devemos a conduta exemplar. Foi esse capital que fez do PR um caso ímpar de popularidade e simpatia, capital que exigiria muito para ser delapidado, embora esteja a esforçar-se. Marcelo, sabendo que não havia alternativa a um governo

A canalhice não tem limites_3

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Vale a pena apresentar o cadastro do deputado do CDS que pretendeu conspurcar o nome honrado do ministro Vieira da Silva e o protocolo que garantiu ter sido assinado pelo ministro. Licenciado  em  Direito  com frequência de  Mestrado  em  Ciência Política , é  Advogado . Foi  Docente  da  Universidade Moderna

Momento de poesia

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A minha “poeta” Nenhuma boca pode dizer as palavras  que tu já me disseste  nem eu as ouvirei, se alguém as imitar.  Só pela tua boca, eu sei falar e respirar  e nem precisas de inventar novas palavras,  para  eu poder viver!  Guardarei no meu silêncio os teus sussurros de todas as palavras que me ofereceste  mesmo aquelas que mais me doeram e que eu já esqueci. ... Por isso, tu serás sempre a “poeta” a minha "poeta"!... Mesmo que desertes mesmo que tudo tenha de chegar ao fim. Alexandre de Castro Lisboa, Março de 2013

A canalhice não tem limites_2

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Para esconder o caso Tecnoforma, um processo que envolve Passos Coelho e Miguel Relvas, processo que “a PGR pondera abrir”, mas não há o mais leve indício ou a menor suspeita de que o tenha feito ou venha a fazer, esta direita abusa da comunicação social e do espetáculo para denegrir os mais íntegros servidores da ‘Res Publica’. Ontem, na AR, um deputado do CDS, António Carlos Monteiro, fazia um ignóbil ataque ao ministro Vieira da Silva, exibindo papéis sucessivos com queixas sobre a Raríssimas e perguntado de quantas queixas precisava o ministro para atuar. Atingiu o delírio com uma fotografia descontextualizada do ministro, com o entusiasmo de um adolescente a exibir um calendário Pirelli e a leviandade da sua líder a assinar a resolução do BES, tentando provar que o ministro assinou um protocolo entre a Raríssimas e a fundação sueca Agrenska, o que o ministro reiteradamente desmentiu por não ser da sua competência assinar um protocolo entre duas entidades privadas. Podia te

A canalhice não tem limites

«Raríssimas: Vieira da Silva em xeque Vieira da Silva é ouvido esta segunda-feira à tarde, no Parlamento, sobre o caso Raríssimas. O ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social vai prestar esclarecimentos sobre as suspeitas de gestão danosa na associação que apoia pessoas com doenças raras. O governante foi vice-presidente da assembleia-geral da Raríssimas entre 2013 e 2015, função no âmbito da qual aprovou as contas da associação.» Quem algum dia passou por uma associação e deu um pouco do seu tempo aos outros, sabe que o Presidente de uma Assembleia Geral preside à reunião da Assembleia que, entre outras decisões, aprova, ou não, as contas precedidas de um relatório do presidente do Conselho Fiscal. Não se vê como possa responsabilizar-se o presidente, cujo nome não aparece, nem o do presidente do Conselho Fiscal, quanto mais o do vice-presidente. Com que indignidade se conspurca o nome de um honrado servidor público neste ódio cego a um governo que retiro

Terrorismo informativo

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Exemplos: 14-12-2017 – Governo quadruplicou financiamento da Raríssimas DN – Chamada de primeira página + artigo de toda a pág. 8, com foto do secretário de Estado já substituído (artigo retirado da NET) RTP – https://www.rtp.pt/noticias/pais/atual-governo-quadruplicou-financiamento-da-rarissimas_v1046360 - SIC-N – http://sicnoticias.sapo.pt/prime/2017-12-14-Atual-Governo-quadruplicou-o-financiamento-a-Rarissimas-Bebe-que-nasceu-com-o-coracao-fora-do-corpo-no-Reino-Unido-e-um-milagre-medico *** 15-12-2017 – Sem chamada de 1.ª página, desmentido na página 7 com 1 coluna inteira + 4 colunas de 7 linhas e um anúncio da Nissan a ocupar 2/3 da página. https://www.dn.pt/portugal/interior/verbas-para-a-rarissimas-nao-quadriplicaram-8985693.html https://www.dn.pt/portugal/interior/atual-governo-quadruplicou-financiamentos-a-rarissimas-8983967.html - Entretanto, os conteúdos falsos foram retirados da NET; - A baixeza ética da Presidente e de outros elementos da instituição as

Frases

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“Faz tanta falta como uma viola num enterro”  (Ditado popular) Apostila – Cary Grant, companheiro de Randolph Scott, era gay. A eventual comparação com o marido revela respeito pela orientação sexual individual e é uma faceta ignorada que a enobrece.

O homem e a sua natureza

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Não penso que as agências de rating mereçam o crédito de que gozam nem o mérito que se lhes atribui. Basta pensar na notação do banco Lehman Brothers, quando faliu. Mas seria ingénuo ignorar a influência decisiva que as referidas instituições têm nos juros da dívida soberana. Ontem, a agência Fitch, uma das 3 maiores, não se limitou a seguir a poderosa Standard & Poor's (S&P), que tirou Portugal do nível “lixo” em setembro, subindo dois níveis de uma só vez, uma decisão sem precedentes. Foi o reconhecimento das opções de política económica do Governo português, como disse o seu principal obreiro, Mário Centeno. A auspiciosa notícia para o País, que tem uma dívida que julgo impagável, levou o CDS e o PSD a concertarem a reação que Assunção Cristas resumiu, sem se rir nem corar: “Com outro governo teria acontecido mais cedo”, talvez com Passos Coelho, Portas e Maria Luís, cujo despedimento a guindou a líder do CDS. Marcelo, após as declarações de António Costa que, ref

RARÍSSIMAS vezes...

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Raríssimas vezes a mãe de uma criança disforme e deficiente encontra forças para lutar por ele e, com ele, por outros como ele. Raríssimas vezes a mãe, que trouxe no ventre um feto teratogénico, tem a sabedoria e a arte de conseguir, para a criança, a solidariedade de tantos, a simpatia geral e o apoio da Segurança Social, para fundar uma obra de cuidados modelares para crianças diferentes. Raríssimas vezes a mágoa e o desespero que marcaram a tragédia de uma mulher foram tão criativos, e tiveram um final tão feliz para as crianças que nasceram diferentes num país que é solidário e tem o SNS que nasceu dos votos do PS, PCP, UDP e do deputado independente Brás Pinto. Raríssimas vezes uma obra nasce tão bem e passa pelo sobressalto de ter à sua frente a mãe que, perdido o filho, canibalizou a obra para proveito próprio e alegadamente a usa para comprar vestidos caros, viagens mundanas e promover relações que atraem as tias de Cascais e a D. Maria Cavaco (equiparada), a rainha de Es

RARÍSSIMAS originalidades à volta de engenharias financeiro-sociais…

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Muito tem sido escrito, verbalizado e exibido sobre a estranha situação (para não antecipar julgamentos) que se viveu na IPSS Raríssimas (Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras). Não vamos repetir factos, situações, argumentos ou conjeturas. Não vamos chover no molhado…   Todavia, poderá ser útil discorrer, ao de leve, sobre duas insólitas situações que recentemente emergiram deste pantanoso caso.   A ex-presidente da ‘Raríssimas’, Paula Brito e Costa, apesar das nebulosas circunstâncias em que parece estar envolvida, pretende continuar a exercer as funções de diretora-geral da Instituição. Consultados os Estatutos - registados na Direcção-Geral da Segurança Social a 07.09.2014 - a primeira coisa que salta à vista é a inconformidade desta dupla situação. Ser presidente da Direção e, ao mesmo tempo, responsável técnica. Diz o artº. 19, item 6, desses Estatutos link , que “ não é permitido aos membros dos corpos associativos o desempenho simultâneo de mais de um

A direita, os escândalos e a memória

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A direita portuguesa, órfã de pessoas pouco recomendáveis e sem memória de governos que a desviaram da matriz fundadora, dos programas e do sentido de Estado, prisioneira do ressentimento, e sem rumo, procura nos escândalos o caminho do regresso ao poder. Confortavelmente instalada no aparelho de Estado, nos órgãos de comunicação social e no poder económico, não tem programa, ideias ou projetos, vive dos cadáveres dos incêndios, das insinuações e dos julgamentos da comunicação social. Esquece que votou contra o SNS e a despenalização da IVG, e que apoiou a invasão do Iraque. Esquece que Cavaco, Durão Barroso e Portas eram dos seus, que o governador do BP nomeou, por convite, um filho de Durão Barroso para um alto cargo que exigia concurso, que a última ministra das Finanças levou diretamente para um fundo abutre de Londres os conhecimentos do ministério, enquanto mantém o lugar de deputada. Nunca se preocupou com a falta dos documentos dos submarinos cujos subornos foram provad