A canalhice não tem limites_2

Para esconder o caso Tecnoforma, um processo que envolve Passos Coelho e Miguel Relvas, processo que “a PGR pondera abrir”, mas não há o mais leve indício ou a menor suspeita de que o tenha feito ou venha a fazer, esta direita abusa da comunicação social e do espetáculo para denegrir os mais íntegros servidores da ‘Res Publica’.

Ontem, na AR, um deputado do CDS, António Carlos Monteiro, fazia um ignóbil ataque ao ministro Vieira da Silva, exibindo papéis sucessivos com queixas sobre a Raríssimas e perguntado de quantas queixas precisava o ministro para atuar.

Atingiu o delírio com uma fotografia descontextualizada do ministro, com o entusiasmo de um adolescente a exibir um calendário Pirelli e a leviandade da sua líder a assinar a resolução do BES, tentando provar que o ministro assinou um protocolo entre a Raríssimas e a fundação sueca Agrenska, o que o ministro reiteradamente desmentiu por não ser da sua competência assinar um protocolo entre duas entidades privadas.

Podia ter-lhe servido de precaução a pergunta do PSD ao Governo sobre o destino dos donativos confiados à RTP para as vítimas de Pedrógão, como se o Governo os desviasse, e ter obtido a resposta de que tinham sido enviados à Misericórdia local cujo presidente era o candidato do PSD à Câmara, o que inventou os inexistentes suicídios referidos por Passos Coelho.

Esta direita não tem emenda nem conserto, apenas se concerta para ataques infundados e assassínios de caráter. O azougado deputado teve a resposta a cada um dos papéis que exibiu e as medidas que todos mereceram, pela secretária de Estado.

Quanto à acusação mentirosa sobre o referido protocolo foi-lhe fornecida a cópia onde constavam apenas as assinaturas de Paula Brito e Costa e do sueco Anders Olausen, os presidentes das duas instituições intervenientes.
Perante os factos, em vez de apresentar desculpas, como qualquer pessoa de bem que se engane, preferiu referir-se ao ministro com uma pergunta: “o que é que está a fazer na fotografia, a dar autógrafos?”.

Talvez guarde a foto para, quando crescer, ser como o impoluto governante, na ética, na competência e na cidadania, enquanto o País continuará a sofrer diariamente as imagens dos incêndios e dos carros calcinados.

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