O BEIJOQUEIRO DE ANÉIS

É inadmissível que um Presidente da República Portuguesa, que é o representante máximo do Estado - que é um Estado laico - e, quando no exercício das suas funções, age em nome de todos os portugueses (católicos, fiéis de outras religiões, agnósticos e ateus) ande por aí a beijocar os anéis de clérigos de uma determinada religião.
Pouco tempo depois de tomar posse como Presidente, Marcelo foi, em nome de Portugal, prestar vassalagem ao Estado do Vaticano, curvando-se para beijar o anel do Chefe desse Estado (o Papa).
Essa atitude foi objeto de muitas críticas, mas isso não valeu de nada: há dias, em Pedrogão, deu uma beijoca no apêndice anelar do bispo de Coimbra. Que mania!
"Errare humanum est, diabolicum perseverare" (errar é humano, reincidir é diabólico).

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