Momento de poesia

A última declaração de amor…

Quando começarmos a decapitar e a enforcar as estátuas
é porque já estamos em declínio.
É o tempo em que o tempo se escapa pelos dedos.
E isto também é verdade para as praias e para os búzios.
Infelizmente...
Depois do naufrágio,
irei novamente subir as escarpas dos rochedos
que guardam a praia.
E ali ficarei a olhar o luzeiro do céu,
para ver as estrelas a incendiar as almas.
Farei então a minha última declaração de amor.

Alexandre de Castro


Lisboa, Novembro de 2015

Comentários

Julio disse…
hahahahah!
Li, mas como não tenho veia poética não percebi patavina, desculpem!

Mensagens populares deste blogue

Divagando sobre barretes e 'experiências'…

26 de agosto – efemérides