Paradoxos

Menezes apoia a luta da CGTP. Parece Maomé a defender as virtudes do leitão à Bairrada.

Comentários

Graza disse…
Então há comunhão de objectivos! Tá lindo! Nunca o PSD desceu tão baixo, ou nunca a CGTP subiu tão alto? A ver vamos.
Anónimo disse…
O Menezes apoia a CGTP; o sócretino combate os sindicatos, e manifestantes de «outros partidos». Ambos só procuram tirar proveito político de certas situações. O primeiro, por parecer «esquerdista» deixa o Esperança espantado e confundido, apenas porque o segundo já não consegue espantar ninguém acerca do seu neoliberalismo (e fascismo, segundo os Barretos e Valentes).
andrepereira disse…
Só garantido o imobilismo do Estado, só levando o incipiente Estado social à ruptura poderemos atingir o grande objectivo de Menezes: "desmantelar o Estado em seis meses".
É por isso que entre os ultra-ortodoxos do sindicalismo, alguma esquerda preconceituosa (que só olha a esquemas ideológicos pré-concebidos e esquece o cidadão)e a direita neoliberal há uma clara comunhão de objectivos: manter tudo como está, conduzir ao descrédito dos sistemas de protecção social, destruir a escola pública, corromper a imagem de autoridade de Estado, o respeito pelas instituições.
Depois será fácil dar a machadada final: faz-se eleger um Barroso ou um Menezes ou um Santana avulso e as receitas cansadas da Escola de Chicago conduzirão ao "desmantelamento" dos nossos serviços públicos.
Com a esquerda progressista garantimos serviços com melhor gestão, a luta contra o desperdício, a exigência profissional nos serviços de saúde e educação; damos voz ao cidadão (aos pais, às associações de doentes), coloca-se a prestação de qualidade e sem discriminações como o centro da política.
Pode haver erros, podem alguns Ministros ter mais dificuldades em fazer passar a mensagem, mas não tenho dúvidas de que a união entre Menezes e a CGTP é o melhor garante de que as políticas deste Governo visam melhorar e reforçar o Estado social.
Anónimo disse…
Aliança?! Lá vem a manipulação tão característica dos sócretinos. Não há aliança nenhuma. Menezes limita-se a procurar tirar proveito político do descontentamento social, tal qual como o sócretino (antes de ser primeiro-ministro) que na pré-campanha e em campanha eleitoral afirmou que iria combater o aumento do desemprego verificado durante o governo PSD. Só que com este novo governo a taxa de desemprego tornou-se das mais elevadas na Europa. Mas o sócretino já reafirmou que irá cumprir a sua «promessa» em criar 150000 empregos. Coerência não falta aos sócretinos: a falta de vergonha e a manipulação são permanentes no seu discurso.
Presente no discurso desta esquerda «progressista» ao serviço do progresso e desenvolvimento do neoliberalismo está também o espírito anti-sindical: os sindicatos são as novas forças de bloqueio. São os representantes dos verdadeiros «privilegiados» da sociedade, e que esta esquerda sem preconceitos ideológicos (eufemismo para vazio ideológico) entende ser seu dever combater.
Reconheça-se que esta «esquerda» é de facto nova: tão nova e original que se apropria de um discurso e de conceitos (e preconceitos) sempre associados à direita liberal. Por isso, ser da nova «esquerda progressista» é ser da velha direita neoliberal. Não se estranhe, pois, a dificuldade de Menezes em fazer oposição e em se afirmar, nem os recentes elogios do Santana ao sócretino: há convergência ideológica entre o PSD e o neo-PS, o que não há é convergência de interesses partidários (como é óbvio). O seu penúltimo parágrafo é bem revelador do que eu estou a dizer, já que qualquer neoliberal defensor do Estado mínimo o subscreveria - basta substituir a expressão «esquerda progressista» por «direita liberal».
A desmantelação do Estado Social foi iniciada pelos sócretinos, e por isso podem reclamar, em mais uma sessão de propaganda semelhante à da assinatura do Tratado Europeu, que estão a fazer história. A eventual machadada final dada pelo PSD não precisa de ser muito forte, pois a resistência à destruição do estado Social já está a ser combatida pela «esquerda» moderna e «progressista». O trabalho mais difícil já estará feito.
Em suma, o único erro (ou melhor, equívoco) na comunicação (ou melhor, propaganda) do sócretinos é a sua afirmação de que são de esquerda - já para não dizer socialistas. Mas como manipular é enganar as pessoas não se pode falar propriamente de erros. As pessoas é que começam a acordar do embuste sócretino, e isto está a irritar e a assustar os Vitais Moreiras e os seus papagaios de serviço.

PS: Este é um blogue também «dedicado» ao que se passa em Coimbra, não é? O «Ponte Europa» não tem nada a dizer àcerca da manifestação de ontem à noite dos cerca de 2500 professores (perdão, comunistas, ultra-ortodoxos, imobilistas, privilegiados e preconceituosos)?
Anónimo disse…
" Mas o sócretino já reafirmou que irá cumprir a sua «promessa» em criar 150000 empregos."

O Sócretino não cumpre e ainda goza com os portugueses...seguramente, tal como o outro, vai ser co-incinerado.

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