Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Não tinha já feito o milagre da praxe?
- o tal do óleo (e do olho)?!
E eu que pensava... rsrsrs
Penso que era o beato Nuno mas convinha passar a Santo Condestável.
Como militar que era, subia de posto.
Era então uma questão de posto?
Cá por mim, tornei-me sua admiradora incondicional nos bancos da primeira escola, quando ouvi do seu talento militar, da sua qualidade de estratega, da cantada vitória em Aljubarrota.
A partir daí, podiam vir tenentes, podiam acontecer coronéis, emproarem-se generais, que... nunca mais alguém haveria de conseguir o feito de uma vitória em que cada português fosse capaz de "arrumar" com quatro - ou seriam seis? - espanhóis...
Razão bastante para que "Condestável" passasse a ser para mim a mais alta das patentes militares. Com lugar de herói assegurado!
Mas nisto de ambições, cada um sabe das suas e naturalmente que vai até onde pode.. :)