Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Mas, um padre que, não pode (não deve... mas a biologia é traiçoeira) ter filhos, pode ter sobrinhos emigrados na Suiça...
Ou, sendo um padre francês, para globalizar as venais tentações pelo vil metal, ter um sobrinho emigrado em Oeiras...
E, assim, vamos fechando um circulo de devotos:
da política,
da religião,
das migrações famíliares... muito uteís, para os "paraísos fiscais"
E, já agora, do dinheiro e da corrupção.
Ou, no clero, "isto" chama-se delicadamente "venialidade" ?