REFORMAS MILITARES
Por
J. Barroca Monteiro*
J. Barroca Monteiro*
Terá o CEMGFA alguma razão quando refere a «reforma da estrutura superior da Defesa Nacional e das Forças Armadas» em curso. O que induz a opinião pública em erro, é que daqui se possa concluir estar este país em vias de ter uma reforma das FA, ou mesmo da Defesa e FA.
A um ano do final da legislatura, o MDN tinha de apresentar algumas medidas que aparentem ir ao encontro da índole reformista inicial do governo. Nada de mais enganador. Passado o impulso inicial, com o IESM a substituir três institutos de altos estudos, não é com a criação do Comando Operacional Conjunto e nos moldes em que surge na resolução do Governo, que daí advirá qualquer reforma significativa para as FA. Antes pelo contrário.
Sendo o EMGFA um órgão de chefia com competências operacionais limitadas ao tempo de guerra, como justificar a sua existência em permanência se desprovido de forças e responsabilidades salvo em ocasiões excepcionais?
Pois bem. Poderia ter sido equacionada a sua extinção. Com o enriquecimento organizacional do MDN de várias componentes militares (serviços de apoio e logística, operações, informações, inspecção...), a par de uma adequada reformulação dos estatutos dos ramos.
Tem o CEMGFA muita razão quando afirma que «Portugal não precisa e não deve copiar modelos de outros» - o stato quo agradece. Mal, deve estar a Alemanha, com um Chief of Defense (CHOD), general de quatro estrelas junto do MD, que dirige os ramos militares chefiados por generais de três estrelas. E com níveis de efectivos e equipamentos pouco comparáveis.
Quando Valença Pinto alude ao entendimento favorável das formações partidárias para com estas mudanças, está a referir uma verdade pouco recomendável: a ignorância e alheamento dos partidos políticos na AR e o seu desconhecimento do que se passa nos quartéis.
«...eficácia, racionalidade e economia de meios?» Não devemos estar a falar da mudança de dois comandos funcionais do Exército, de Lisboa para o Porto e Évora, há dois anos.
A um ano do final da legislatura, o MDN tinha de apresentar algumas medidas que aparentem ir ao encontro da índole reformista inicial do governo. Nada de mais enganador. Passado o impulso inicial, com o IESM a substituir três institutos de altos estudos, não é com a criação do Comando Operacional Conjunto e nos moldes em que surge na resolução do Governo, que daí advirá qualquer reforma significativa para as FA. Antes pelo contrário.
Sendo o EMGFA um órgão de chefia com competências operacionais limitadas ao tempo de guerra, como justificar a sua existência em permanência se desprovido de forças e responsabilidades salvo em ocasiões excepcionais?
Pois bem. Poderia ter sido equacionada a sua extinção. Com o enriquecimento organizacional do MDN de várias componentes militares (serviços de apoio e logística, operações, informações, inspecção...), a par de uma adequada reformulação dos estatutos dos ramos.
Tem o CEMGFA muita razão quando afirma que «Portugal não precisa e não deve copiar modelos de outros» - o stato quo agradece. Mal, deve estar a Alemanha, com um Chief of Defense (CHOD), general de quatro estrelas junto do MD, que dirige os ramos militares chefiados por generais de três estrelas. E com níveis de efectivos e equipamentos pouco comparáveis.
Quando Valença Pinto alude ao entendimento favorável das formações partidárias para com estas mudanças, está a referir uma verdade pouco recomendável: a ignorância e alheamento dos partidos políticos na AR e o seu desconhecimento do que se passa nos quartéis.
«...eficácia, racionalidade e economia de meios?» Não devemos estar a falar da mudança de dois comandos funcionais do Exército, de Lisboa para o Porto e Évora, há dois anos.
* Cor. (R)
Comentários
A reforma das FA's, ou já devia ter sido efectuada (portas não andou atrefado com isso?), ou agora, com o barril a US $146 e a aproximar-se dos US $200, até ao final do ano, as FA's, perdulárias consumidoras de combustíveis terão de repensar a sua vida.
Não andaremos longe da reivindicação esquerdista revestida de roupagens pacifistas dos anos 60 que pugnava - pela extinção pura e simmples das FA's.
Não será necessário retomar as antigas teses politicas.
Basta fechar a torneira.
E, a caravana seguirá a reboque ... não sabemos para onde.
Sugeria a leitura de um interessante artigo em "Energy Bulletin".
Fatih Birol interview: "LEAVE OIL BEFORE IT LEAVES US"
by Astrid Schneider
Published May 2 2008 by Internationale Politik