O explosivo concelho de Loures
Compromissos associativos têm-me impedido de desenvolver alguns temas quentes da a sociedade portuguesa.
Acontece muitas vezes não ter opinião formada ou informação suficiente. Não é o caso das cenas de Loures cuja gravidade e violência das imagens não podiam ter deixado, quem quer que seja, indiferente.
O alarme social de rivalidades étnicas e a intensidade da resposta, à mão armada, não é uma notícia de Verão, é uma doença que abala o débil tecido social e a alegada brandura dos costumes portugueses.
Creio que é um truísmo banal dizer que a situação tem duas respostas: uma de carácter policial e outra de cariz social. A verdade é que, por mais grave que a situação seja – e é –, não justifica um Estado policial, como a direita deseja, nem é possível dar a resposta social que o problema merece. Não há casas disponíveis nem recursos para apagar todos os fogos que as épocas de crise se encarregam de atear.
Parece-me adequada a resposta que deram a Câmara Municipal de Loures e a Segurança Social, de acordo com os constrangimentos orçamentais que o preço do petróleo e a conjuntura internacional se encarregaram de agravar.
Seria um suicídio considerar os incidentes de Loures um caso isolado, mas julgo de má fé e oportunismo político aproveitar o fogo que lavra em comunidades que a pobreza e dificuldade de integração tornam mais vulneráveis e lançam na violência.
Acontece muitas vezes não ter opinião formada ou informação suficiente. Não é o caso das cenas de Loures cuja gravidade e violência das imagens não podiam ter deixado, quem quer que seja, indiferente.
O alarme social de rivalidades étnicas e a intensidade da resposta, à mão armada, não é uma notícia de Verão, é uma doença que abala o débil tecido social e a alegada brandura dos costumes portugueses.
Creio que é um truísmo banal dizer que a situação tem duas respostas: uma de carácter policial e outra de cariz social. A verdade é que, por mais grave que a situação seja – e é –, não justifica um Estado policial, como a direita deseja, nem é possível dar a resposta social que o problema merece. Não há casas disponíveis nem recursos para apagar todos os fogos que as épocas de crise se encarregam de atear.
Parece-me adequada a resposta que deram a Câmara Municipal de Loures e a Segurança Social, de acordo com os constrangimentos orçamentais que o preço do petróleo e a conjuntura internacional se encarregaram de agravar.
Seria um suicídio considerar os incidentes de Loures um caso isolado, mas julgo de má fé e oportunismo político aproveitar o fogo que lavra em comunidades que a pobreza e dificuldade de integração tornam mais vulneráveis e lançam na violência.
Comentários
Eles são mais racistas do que nós, com as suas lutas tribais e a sua intolerância crónica contra outras raças.
Pretos e ciganos uns contra os outros, pois então, mas ninguém é capaz de dizer que "o Rei vai nú!".
Assim manda a cartilha do politicamente correcto.
Fosse um conflito entre brancos e pretos, e depressa se levantariam as vozes do sistema a acusarem os brancos de racismo.
A questão não se resolve com políticas de integração social, uma vez que, pura e simplesmente, essa gente não se quer integrar nem ser integrada. A cultura dessas pessoas é, basicamente, incompatível com a nossa.
A solução passaria, na minha opinião, por uma eficaz estratégia policial que protegesse as pessoas honestas desses indivíduos que, manifestamente, estão a parasitar a nossa sociedade.
Mas isto sou só eu a opinar.
Será que não tenho razão?
A sociedade moderna é multiracial, multicultural, livre e aberta ao desenvolvimento e ao progresso (económico e civilizacional).
Não tem nada a ver com "pogroms" que está a engendrar na sua cabeça. Já nos basta a vergonha histórica que nos presegue desde os assassínios cometidos na Lisboa de 1506 - a matança da Páscoa e as suas quatro mil vítimas. Uma tragédia a relembrar. A não esquecer.
Agora, a notícia (que necessita de confirmação) da existência de 1,4 milhões de armas ilegais em Portugal é assustadora.
Não por causa dos conflitos étnicos (que apesar de tudo são reduzidos), nem por cauas das rivalidades de vizinhança e/ou disputas territoriais domésticas.
Grande parte dessas armas são usadas como instrumentos intimidatórios em furtos , assaltos pessoais para roubo, etc. Para a criminalidade urbana, que sempre tivemos. E se não a conheciamos era porque a censura a "apagava".
A existência de um tão elevado número de armas ilegais (grande parte delas caçadeiras) pode "escorregar" para uma situação caótica. Esta passa pelo crescente descrédito da eficácia e da isenção da justiça.
É raro ver alguém com proventos avultados ser incomodado e, então, ser preso, é um achado.
Tomar conhecimento dos casos de Vale de Azevedo, do "apito dourado", de Fátima Felgueiras, de Isaltino Morais, etc, leva a uma profunda descrença na Justiça portuguesa.
Daí - se não forem tomadas medidas urgentes - essas armas poderem passar a ter outras utilidades, bem mais nefastas, do que o seu uso na pequena criminalidade.
Essas armas perante a descrença da capacidade da Justiça em repor a legalidade democrática, a ordem cívica e assgurarem a segurança e os direitos dos cidadãos (pelo menos para alguns) poderá levar à sua utilização para fazer justiça "pessoal".
E ao chegarmos aí acabou-se o Estado de Direito. Vale tudo!
O novo bastonário da OA (Dr. Marinho Pinto) tem chamado, repetidamente e às vezes sem cerimónia, a atenção para o calamitoso estado da Justiça.
Em vez de andrem a fazer reuniões, ou a preparar a sua destituição compulsiva, deveriam era conjugar esforços, com os poderes legítimos e constituídos, para reformar a Justiça, quanto antes.
Amanhã poderá ser tarde! Já!
«A sociedade moderna é multiracial, multicultural, livre e aberta ao desenvolvimento e ao progresso (económico e civilizacional).»
Tenta ser, pelo menos nos dois primeiros aspectos que refere. É por isso que se chama moderna. É por isso que é má e resvala para o caos.
Quanto ao desenvolvimento e ao progresso, olhe à sua volta. Estamos conversados.
«Não tem nada a ver com "pogroms" que está a engendrar na sua cabeça. Já nos basta a vergonha histórica que nos presegue desde os assassínios cometidos na Lisboa de 1506 - a matança da Páscoa e as suas quatro mil vítimas. Uma tragédia a relembrar. A não esquecer.»
Quanto a este parágrafo, não sei onde quer chegar.
Ou melhor, até sei...
Quer forçar de tal maneira um estereótipo e colá-lo a mim, que acaba por parecer anedótico no seu argumento.
Quando me refiro a uma segregação (há que não ter medo das palavras), que resulta de uma consolidada e visível auto-segregação, em proveito, defesa e abono das pessoas honestas e pacíficas, estava longe, muito longe, de ir por esse caminho. Mas a sua imaginação é fertil, e quero pensar que se trata apenas de imaginação, e não má-fé.
Não há possibilidade - a história prova-o à saciedade - de integrar uma comunidade étnica que não quer ser integrada e se auto-exclui dos usos, costumes e cultura de uma sociedade que a acolhe.
Que fazer?
Já respondi no comentário anterior, pelo que não me vou repetir.
No Mundo, não existe essa dicotomia:
- "NÓS E OS OUTROS".
Muitas tragédias começaram assim...
"Não há possibilidade - a história prova-o à saciedade - de integrar uma comunidade étnica que não quer ser integrada e se auto-exclui dos usos, costumes e cultura de uma sociedade que a acolhe." (citação).
Está a confundir duas coisas diferentes: integração com preservação da identidade cultural.
E na História as comunidades etnicas que recusaram a intergração, isto é o contacto e a convivência, com outras civilizações, extinguiram-se...
Outra coisa é dizer que as integrações são difíceis, não basta arrebanhá-los, dar-lhes casas, criar ghettos...
Se quer dizer que não temos feito, até agora, uma integração, no verdadeiro e amplo sentido da palavra, isso é verdade.
Mas o homem é um animal sociável, capaz de elaborar e se submeter a regras, normas, leis e respeitar a diferença.
Não tenha dúvidas.
Registei que ao referir-se ao início do meu anterior texto procedeu a eclusões -truncou - situações que são fundamentais na arquitectura social.
Eu escrevi:
"A sociedade moderna é multiracial, multicultural, livre e aberta ao desenvolvimento e ao progresso (económico e civilizacional)."
Por favor, não ampute o conjunto que, no meu entender, está interligado e de interpenetra.
Então os pretos e os ciganos também não são filhos de Deus Nosso Senhor? Ou será que são filhos do Diabo?