Um dos homens que em Portugal sabe desta ‘poda’ (financeira), isto é, das suas ' maningâncias ' assente num saber camoniano (de 'experiência feito') é João Rendeiro (de sua graça) que resolveu produzir sobre o ‘caso GES/BES’, em desenvolvimento, algumas afirmações deveras preocupantes. Trata-se de um expert que sendo, neste momento, um dos principais arguidos no processo BPP ostenta publicamente o ‘ savoire faire ’ relativo a estas coisas e é tido pelos ‘ mercados ’ como um analista qualificado (que terá apreendido com o ‘desastre BPP’). Este ex-banqueiro (actualmente está inibido de exercer essa ‘profissão’) que virou comentador económico-financeiro na blogosfera ( link ; link ) admite que o impacto na economia gerado pela ‘crise GES/BES e associados’ poderá ser quantificado numa queda do PIB que atingirá 7,6% link . Até aqui as preocupações políticas (do Governo e dos partidos) têm-se centrado sobre quem vai pagar a falência do Grupo (BES incluído) e as c
Comentários
Não seria a arrogância e terrorismo dos poderosos que provocam o terrorismo daqueles que não vêem outro meio para satisfazer as suas reivindicações?
Também muitos chamavam terroristas aos povos que lutavam pela sua libertação nas ex-colónias como em qualquer país imperialista.
Nas ex-colónias portuguesas a FRELIMO e o MPLA só atacavam forças militares.
Isso não é terorismo.
Atacar crianças, mulheres e turistas já é terrorismo.
Mas infelizmente, há sempre um "mas".
Segundo leio nesta notícia:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u418746.shtml
os militares comlombianos conseguiram o resgate sob o disfarce de "trabalhadores humanitários".
Segundo creio, isto é ilegal à luz do Direito Internacional (que me elucide quem melhor entenda destes assuntos), e de facto, em vez de abrir portas à libertação de outros reféns, o que faz é pelo contrário, aumentar ainda mais o risco de vida desses mesmos reféns e a segurança de todos os civis que voluntariariamente arriscam a vida na missões humanitárias.
Claro que isto não vai ter a menor importância na novela que se vai seguir, a da limpeza da imagem do presidente colombiano, que se prepara para prolongar o seu mandato com um malabarismo legal que roça a inconstitucionalidade.
Hoje, do outro lado, todos são ou vestem o fato de heróis. Mesmo aqueles que faziam com o ex-chefe das FARP negócios com droga, como sabemos uma das fontes de financiamento da organização.
Agora todos lhe batem. As FARP são como o gladiador exaurido caído no chão que todos lhe cospem na cara e lhe dão um ponta-pé no rosto.
Os homens e mulheres que vão chegar da selva, onde se acoitavam e combtiam, são seres humanos infestados de malária, hepatite B, e leishmaniase, necessitando, primeiro, de cuidados médicos e humanitários.
Depois, deve seguir-se o julgamento dos seus crimes.
Em minha opinião o julgamento não pode ser efectuado na Colombia. E os EUA não devem participar nele, por manifesta falta de idoneidade. Têm, também, as mão sujas com sangue.
Mas tenho uma certeza. Muitos dos homens que combateram nas FARP não são terrorristas, são simples guerrilheiros em luta pela sua independência face ao jugo estrangeiro.
Não me esqueço das palavras de Che Guevara:
viajando através da Colômbia e como escreveu no seu "Motorcycle Diaries" (Ocean Press, 2004, 157) a denominada mais antiga democracia na América Latina continha "mais repressão da liberdade individual" que em qualquer outro país por ele visitado.
Desde a viagem de Che, pouco mudou.
Há muito para julgar.
O regime de Alvaro Uribe, apoiado pelos EUA, dirige um país onde a tortura dos cidadãos é a regra e os assassinatos dos adversários políticos pelos militares e pelos paramilitares, apoiados pelo Estado, ficam impunes.
Que tipo de crimes são estes últimos?
A vitória resultante de, depois de muitos anos, se ter alcançado a Paz e de terminar o sofrimento dos sequestrados, pertence aos defensores das liberdade e dos direitos humanos, não a Uribe, nem aos EUA.
Por vezes dá-se o fenómeno da Vacina:
Ainda não é este ano, que o PCP convida Ingrid para madrinha da Festa do Avante, em vez das FARC:
Nota do Gabinete de Imprensa do PCP/03/07/2008
Em resposta a várias solicitações dos órgãos de comunicação social sobre a posição do PCP a propósito da operação de resgate de Ingrid Bettencourt por parte do exército nacional na Colômbia, o PCP considera o seguinte:
1. O resgate de Ingrid Bettencourt após um período em que esteve prisioneira na selva colombiana, coloca em evidência a gravidade da situação em que se encontram centenas de prisioneiros em ambos os lados do conflito e a necessidade de encontrar uma solução humanitária entre as partes.
2. Os complexos problemas em presença, exigem uma solução política e negociada de um conflito que se arrasta há mais de 40 anos sem solução, situação que é em si, inseparável da política de agravamento da exploração e de terrorismo de estado praticada pelo governo neo-fascista de Uribe, conforme tem vindo a ser denunciado pelas forças progressistas e democráticas da Colômbia.
3. O Povo colombiano poderá continuar a contar com a solidariedade dos comunistas portugueses na sua luta contra a opressão e exploração, pela justiça social, pela democracia e soberania nacional.
Sem mais comentários
MFerrer
não é próprio de socialistas nem de comunistas tomar reféns e traficar droga, como fazem as FARC; isso são actuações próprias de bandidos, que nenhuma ideologia de esquerda pode tolerar.
Matarbustos:
nada há de contrário ao direito internacional na actução do governo colombiano, até porque a luta entre este e as FARC não é de natureza internacional, mas interna. O que é indiscutivelmente contrário ao direito internacional é a tomada de reféns, seja por quem for.
Mferrer:
Depois de há dias se ter recusado na Assembleia da República, contra todos os outros partidos, a condenar o ditador Mugabe, o PCP apoia manifestamente o bando de facínoras e traficantes de droga das FARC.
Aqui se vê
a natureza do PC!
Comentário pessoal:
O que mais me irrita nesta coisa das FARC é a mania que têm os "órgãos de comunicação social" de chamar às FARC "guerrilha marxista"! Haja um pouco de respeito pelo grande pensador do materialismo histórico, socialista e comunista - no verdadeiro sentido da palavra - que foi Karl Marx! Marx apelava à revolução proletária; proletários são os trabalhadores, que vivem exclusivamente do seu trabalho, e que portanto nada têm a ver com os bandidos das FARC, que nunca na vida trabalharam, e sempre se dedicaram a actos criminoso, como a tomada de reféns e o tráfico de droga. Chamar a estes "marxistas" é um insulto ao proletariado e à memória do grande revolucionário que foi Karl Marx!
Se isso fosse tão simples, as acusações de genocídio aos senhores da guerra nos balcãs seriam uma intromissão nos assuntos internos daqueles países. O mesmo se passa com a violência doméstica, mas a outra escala.
Numa guerra, usar escudos humanos é tão imoral como comprometer a segurança dos funcionários de organizações humanitárias.
Infelizmente alimentou-se a ideia de que a guerra anti-terrorista é pretexto para violar as leis internacionais que regulam os actos de guerra e os direitos humanos.
Além do mais, a simples acusação de ligação a uma organização terrorista (como por exemplo as FARC) é suficiente para que se prive da liberdade (e até torture) um cidadão que cumpre meramente funções políticas ou diplomáticas nessas estruturas.
Mais acrescento que os aldeões barbaramente assassinados pelos paramilitares comandados por Uribe (acusação ainda decorre nos tribunais) eram todos inocentes, e não tiveram a sorte de muitos outros reféns.
Tenha lá paciência mas há coisas que, se forem pensadas, não devem ao menos, ser escritas:
"as leis internacionais que regulam os actos de guerra e os direitos humanos", Está a falar de quê? Leis internacionais sobre a guerra? E então sobre guerra não convencional...aconselho Ngo van Giap, Mao e Ho Chi Min!
Confundir aqueles que têm uma ideologia de libertação com um bando de acéfalos, traficantes de droga e que se intitulam de marxistas, apesar de atacarem civis é uma vergonha, sem nome!
O regime do Uribe é mau,anti-popular e pró americano? E daí? Muito antes do Uribe estar no poder já as FARC matvam camponeses aos milhares. Como é óbvio as milícias só aparecem para combater as FARC. Não foi ao contrário.
"os militares comlombianos conseguiram o resgate sob o disfarce de "trabalhadores humanitários".: Pois vc queri o quê?
Ou continuavam a morrer todos os dias na selva amazónica ou se fazia umataque militar com consequências para todos. O que vc não diria se tivesse havido um ataque militar e muitos mortos entre todos?
Não se esconda atrás de legalidades. Aquilo é uma ilegalidade pegada. O que faz de um homem um guerrilheiro é a sua superioridade moral! Não são cárceres privados nem assassínio de civis. Isso é a prática dos regimes fascistas. Agora agarrar em civis, homens e mulheres, até delegados sindicais e jornalistas metê-los na selva, sem culpa formada, sem direito a comunicar com as famílias, anos a fio e vc vem falar em legalidade !
Haja pachorra para tanta falta de vergonha!
MFerrer
Em lado nenhum escrevi em abono das FARC.
Mas a verdade é que há mesmo tratados internacionais que regulam a guerra e os direitos humanos, isso eu sei, e normalmente, concorde-se ou não com a totalidade do conteúdo, países que assinam esses tratados consideram-se civilizados.
Por isso há tribunais de guerra, por isso há Haia, por isso se condena a tortura, a violação, o assassínio de civis, a utilização de bombas de fragmentação, as armas de destruição massiva, etc etc. (Mas não se condena a guerra!)
O problema é que desde o 11 de Setembro, os cowboys reescreveram a conduta para a lei da barbárie, em que tudo é permitido para combater o terrorismo. O passo seguinte, foi abranger cada vez mais o conceito de terrorismo para atropelar de vez com os direitos civis.
Ou achava bem que os soldados colombianos tivessem pura e simplesmente queimado com armas químicas aldeias de camponeses que apoiam as FARC?
Ah, é verdade, isso até já aconteceu...
Se os estados usam as mesmas tácticas que condenam aos seus oponentes, são tão bons como eles.
Por isso é que pegando no próprio palavredo da elite política norte-americanos podemos classificar de estados terroristas eles mesmos EUA, a Colômbia, o Iraque pré e pós Saddam, Israel, etc.
Isto claro, para quem está disposto a fazer análises isentas e sem grande esforço mental. A vergonha devia calá-los, mas pelo contrário, eles fazem muito barulho para que não se ouça denunciar o óbvio.
Ideologias à parte, foi muito bom a senhora ter sido resgatada.
Sugiro que procures as reacções do Chávez e até do Fidel e verás que não é bem assim.
A proximidade ideológica compromete-os politicamente, mas os tempos são outros.