Avaliação dos professores
É óbvio que nenhuma classe profissional deve deixar de ser avaliada. A avaliação dos professores é necessária de forma a garantir a qualidade do sistema de avaliação e a oferever incentivos para os professores competentes.
No entanto, a introdução do sistema de avaliação, como foi feita, dá razões de sobra para os professores se sentirem inquietos. Primeiro, a avaliação foi introduzida apressadamente. Pouca ou nenhuma consulta foi feita aos professores, aos quais o regime foi apresentado como um facto consumado, e para ser iniciada imediatamente. Ora qualquer pessoa minimamente sagaz compreende que uma reforma deste jaez necessita de reflexão, antecipação e uma introdução faseada, não podendo ser feita assim, a seco. Segundo, muitos dos critérios de avaliação são demasiado flexíveis e ambíguos. Terceiro, os professores sabem e receiam, mas o público em geral desconhece, as teias burocráticas das Direcções Regionais de Educação e das inspecções até agora existentes, principalmente compostas por professores que aí estiveram destacados a maior parte da sua carreira, geralmente graças a ligações partidárias (bastantes membros do PSD ou do PS), e a quem competirá muita da actividade de avaliação. Muitos professores receiam a partidarização das escolas, o compadrio e a arbitrariedade.
Para além disso, os professores estão justamente revoltados com a política de educação, que só impõe mais e mais obrigações aos professores, sem no entanto lhes proporcionar as condições mínimas para o exercício da sua profissão. Quase não lhes permite quaisquer meios para poder disciplinar os alunos, não lhes proporciona condições logísticas adequadas. Os professores sentem-se vitimizados pela sanha reformadora deste Governo, que é hábil em escolher alvos fáceis para a sua estratégia de confrontação (leia-se reforma), sendo que algumas (não todas) das ditas reformas se tenham revelado autênticos tigres de papel, com efeitos meramente propagandísticos.
Avaliação dos professores sim, mas reflectida, justa e faseada. Não a martelo, como a vem a introduzir o Governo.
No entanto, a introdução do sistema de avaliação, como foi feita, dá razões de sobra para os professores se sentirem inquietos. Primeiro, a avaliação foi introduzida apressadamente. Pouca ou nenhuma consulta foi feita aos professores, aos quais o regime foi apresentado como um facto consumado, e para ser iniciada imediatamente. Ora qualquer pessoa minimamente sagaz compreende que uma reforma deste jaez necessita de reflexão, antecipação e uma introdução faseada, não podendo ser feita assim, a seco. Segundo, muitos dos critérios de avaliação são demasiado flexíveis e ambíguos. Terceiro, os professores sabem e receiam, mas o público em geral desconhece, as teias burocráticas das Direcções Regionais de Educação e das inspecções até agora existentes, principalmente compostas por professores que aí estiveram destacados a maior parte da sua carreira, geralmente graças a ligações partidárias (bastantes membros do PSD ou do PS), e a quem competirá muita da actividade de avaliação. Muitos professores receiam a partidarização das escolas, o compadrio e a arbitrariedade.
Para além disso, os professores estão justamente revoltados com a política de educação, que só impõe mais e mais obrigações aos professores, sem no entanto lhes proporcionar as condições mínimas para o exercício da sua profissão. Quase não lhes permite quaisquer meios para poder disciplinar os alunos, não lhes proporciona condições logísticas adequadas. Os professores sentem-se vitimizados pela sanha reformadora deste Governo, que é hábil em escolher alvos fáceis para a sua estratégia de confrontação (leia-se reforma), sendo que algumas (não todas) das ditas reformas se tenham revelado autênticos tigres de papel, com efeitos meramente propagandísticos.
Avaliação dos professores sim, mas reflectida, justa e faseada. Não a martelo, como a vem a introduzir o Governo.
Comentários
Trata a Escola no aspecto institucional, salienta o sistema educativo que ultrapassa os professores, e enfatiza a nobreza do magistério de ensinar. Por fim, reivindica a autonomia das Escolas perante os poderes instituídos.
Deixa de fora - e bem - todo o folclore seja, sindical, partidário, corporativo e outros...
Uma análise limpa e escorreita.