Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Do que me é dado conhecer pela comunicação social a proibição da procuradora-adjunta do MP de Torres Vedras, em nada difere de um escabroso acto censório.
Portanto, grave.
Nada tem a ver com ridículo...já que nem um leve sorriso me suscitou.
A situação, em Portugal, desse pilar da democracia - a Justiça - começa a ser preocupante.
Que aqueles pais logo se lembrem de usar os computadores dos seus filhos e filhas para ir ver sites com jovens semi-nuas não sei se é motivo para rir, se é veradeiro Carnaval... Mas deve ser. Ah! Ah! Tem muita graça! O que é a boçalidade?
Lembrei-me de um episódio em Vilar Formoso no tempo da PIDE.
Foram apreendidas a um viajante as Obras Completas de Racine. O polícia, perante a admiração do proprietário, foi dizendo: »Racine...,Lenine, Estaline...»
É de chorar... a rir.
Mas estou de acordo quanto ao seu sentimento.
Isso é como carros semi-novos?