Cairo: a violência...ou suicídio do regime?
"Carga de cavalaria" de policiais à paisana na praça Tahrir
Hoje à volta da Praça Tahrir, no Cairo, viveu-se um dia de extrema violência. Segundo The Guardian um contra-ataque protagonizado por agentes policiais à paisana, montados a cavalo e em camelos, munidos de bastões, varapaus e armas brancas... guardian.co.uk
Um ataque organizado e planeado pelo decrépito regime de Hosni Mubarak contra a multidão que - desde há 8 dias - de modo ordeiro e pacífico reclama a mudança de regime, liberdades e democracia.
As imagens que Mubarak, apesar de uma feroz censura, não conseguiu evitar que o Mundo observasse, são o retrato vivo do regime em queda: o desespero, o medo, a repressão e a ignomínia. São uma enorme provocação desestabilizadora com fins bem determinados: provocar o caos na rua e atemorizar os contestatários do regime.
São, também, flashes de um regime - que dura há 30 anos - numa fase de total decomposição política. Ou, seja, o estretor de um faraó que quer eternizar-se no poder... mas, cada dia que passa, concita a repulsa do seu povo e a indignação do Mundo civilizado.
Violência! O legado de Mubarak, para o povo egípcio, é esse. Ontem, na comunicação ao País, tentou sobreviver, pelo menos, mais uns meses e de certa forma perpertuar o regime.
Hoje, caiu-lhe a máscara. Dificilmente sobreviverá à encenação que montou. Na política, quando se perde a credibilidade, caminha-se penosamente para o suicídio...
Uma caminhada irreversível.
Comentários
ou seja as Élites governantes vão
recrutar os Agentes da Polícia para
seus Guarda-costas e espancar ou matar o Povo? Pois é de entre o Povo que saiem os carrascos dêsse
mesmo Povo.Foram os descamisados que se alistaram nas SS hitlerianas
pensando que o Nacional Socialismo
do chanfrado Hitler era solução para salvar a raça germânica.
Se queres conhecer o vilão,põe-lhe
uma vara na mão.