Notas Soltas: Janeiro/2011
Brasília – A posse da primeira mulher, Dilma Rousseff, como presidente, é sinal de modernidade no imenso país onde um operário metalúrgico – Lula da Silva – ficará como referência da mais conseguida presidência da sua História.
Hungria – O Governo, presidido por Viktor Orban, é o autor da lei que limita a liberdade de imprensa e se destinada a intimidar a comunicação social. Receita habitual da direita musculada, que lidera.
BPN – Os actuais administradores do banco, alheios ao grave caso de polícia, foram acusados de inépcia por Cavaco Silva, aflito com a opacidade da compra e venda das acções, que lhe valeram 140% de lucro, mas mantive-os na sua comissão de honra.
ETA – A alegada renúncia à luta armada é mais um anúncio do grupo terrorista que transporta o sangue de quase um milhar de mortos e há muito perdeu o rumo e a credibilidade.
Laicidade – A perseguição de cristãos em terras islâmicas é uma iniquidade que intolerável. Os Estados devem ser laicos e as religiões têm de renunciar às conversões obrigatórias, sob pena de terem de ser travadas à força.
Brasil – A catástrofe natural que fustigou o país provocou muitas centenas de mortos e despojou milhares de pessoas de todos os haveres. Foi um início de mandato que Dilma não merecia mas de que o grande País há-de recuperar.
Tunísia – Mais um ditador teve de abdicar do poder e do País mas a fuga de Zine El Abidine Ben Ali, depois de 23 anos de tirania, não evita o desemprego e a fome nem os confrontos que tanto agradam aos radicais islâmicos para imporem uma teocracia.
João Paulo II – O Vaticano tem o direito de louvar e canonizar quem quiser mas atribuir a um Papa com menos de cinco anos de defunção a cura de uma freira que sofria de Parkinson é manter a crendice e o obscurantismo com que se desacredita.
Presidenciais/2011 – A esquerda foi a grade derrotada, com Manuel Alegre a ser humilhado, o PCP a segurar mal o seu eleitorado fiel, o BE a dividir o PS e a abstenção a debilitar o regime democrático.
Cavaco Silva – O presidente reeleito com menor percentagem e menos votos, com abstenção superior a 53%, quase 2% de votos nulos e mais de 4% brancos, não respondeu às acusações de que foi alvo nem explicou o que considera «campanha suja». Fez um discurso de vitória medíocre, ressabiado e rancoroso, sem responder a perguntas.
Madeira – O exótico candidato, José Manuel Coelho, ao vencer Cavaco e Alegre no Funchal, Machico e Santa Cruz, ficando a 5 pontos do PR na Região, infligiu a maior derrota de sempre a Jardim e, imitando-o, tornou-se o Jardim da oposição autóctone.
PS – A juntar à mais grave crise económica e social das últimas décadas, que tem de gerir, aos resultados eleitorais e ao insólito discurso de vitória de Cavaco, Sócrates tem pela frente o pior desafio desde que é Governo.
PSD/CDS – Enquanto Paulo Portas se quis atrelar à parca vitória presidencial, Passos Coelho fez um discurso de Estado onde revelou a grandeza que faltou ao líder do CDS e ao presidente reeleito.
Egipto – O contágio tunisino alastrou e manifestações iguais desafiam o recolher obrigatório de outra ditadura, em estado de excepção há 30 anos. O regresso do Nobel da Paz, Mohamed ElBaradei, é a única esperança de transição democrática pós H. Mubarak.
Câmaras Municipais – Depois de Coimbra e Cascais, mais autarcas invocarão razões de saúde ou outras, para facilitar a sucessão dentro do mesmo partido, permitindo ao número dois que exerça a presidência que faculte a vitória nas próximas eleições.
África do Sul – Diz-se que não há homens insubstituíveis mas a débil saúde e a idade avançada de Nelson Mandela, uma referência nacional e mundial, são motivo de apreensão para a paz do único país africano cuja independência foi bem sucedida.
Itália – Os devaneios amorosos de Sílvio Berlusconi, agora com a confirmação de seduzir menores, tornaram-se um caso de polícia com graves reflexos no prestígio do País, na vida política e no apoio incondicional do clero italiano.
Espanha – Foi removida em Barcelona a última estátua da Vitória franquista, situada na confluência da Avenida Diagonal com o Paseo de Gracia, no cumprimento da Lei da Memoria Histórica. Fascismo nunca mais !
31 de Janeiro – Em 1891 teve lugar a primeira revolta republicana que, embora fracassada, abriu o caminho e as mentes para os novos tempos. Foi o prenúncio do regime que havia de nascer em 5 de Outubro de 1910.
Hungria – O Governo, presidido por Viktor Orban, é o autor da lei que limita a liberdade de imprensa e se destinada a intimidar a comunicação social. Receita habitual da direita musculada, que lidera.
BPN – Os actuais administradores do banco, alheios ao grave caso de polícia, foram acusados de inépcia por Cavaco Silva, aflito com a opacidade da compra e venda das acções, que lhe valeram 140% de lucro, mas mantive-os na sua comissão de honra.
ETA – A alegada renúncia à luta armada é mais um anúncio do grupo terrorista que transporta o sangue de quase um milhar de mortos e há muito perdeu o rumo e a credibilidade.
Laicidade – A perseguição de cristãos em terras islâmicas é uma iniquidade que intolerável. Os Estados devem ser laicos e as religiões têm de renunciar às conversões obrigatórias, sob pena de terem de ser travadas à força.
Brasil – A catástrofe natural que fustigou o país provocou muitas centenas de mortos e despojou milhares de pessoas de todos os haveres. Foi um início de mandato que Dilma não merecia mas de que o grande País há-de recuperar.
Tunísia – Mais um ditador teve de abdicar do poder e do País mas a fuga de Zine El Abidine Ben Ali, depois de 23 anos de tirania, não evita o desemprego e a fome nem os confrontos que tanto agradam aos radicais islâmicos para imporem uma teocracia.
João Paulo II – O Vaticano tem o direito de louvar e canonizar quem quiser mas atribuir a um Papa com menos de cinco anos de defunção a cura de uma freira que sofria de Parkinson é manter a crendice e o obscurantismo com que se desacredita.
Presidenciais/2011 – A esquerda foi a grade derrotada, com Manuel Alegre a ser humilhado, o PCP a segurar mal o seu eleitorado fiel, o BE a dividir o PS e a abstenção a debilitar o regime democrático.
Cavaco Silva – O presidente reeleito com menor percentagem e menos votos, com abstenção superior a 53%, quase 2% de votos nulos e mais de 4% brancos, não respondeu às acusações de que foi alvo nem explicou o que considera «campanha suja». Fez um discurso de vitória medíocre, ressabiado e rancoroso, sem responder a perguntas.
Madeira – O exótico candidato, José Manuel Coelho, ao vencer Cavaco e Alegre no Funchal, Machico e Santa Cruz, ficando a 5 pontos do PR na Região, infligiu a maior derrota de sempre a Jardim e, imitando-o, tornou-se o Jardim da oposição autóctone.
PS – A juntar à mais grave crise económica e social das últimas décadas, que tem de gerir, aos resultados eleitorais e ao insólito discurso de vitória de Cavaco, Sócrates tem pela frente o pior desafio desde que é Governo.
PSD/CDS – Enquanto Paulo Portas se quis atrelar à parca vitória presidencial, Passos Coelho fez um discurso de Estado onde revelou a grandeza que faltou ao líder do CDS e ao presidente reeleito.
Egipto – O contágio tunisino alastrou e manifestações iguais desafiam o recolher obrigatório de outra ditadura, em estado de excepção há 30 anos. O regresso do Nobel da Paz, Mohamed ElBaradei, é a única esperança de transição democrática pós H. Mubarak.
Câmaras Municipais – Depois de Coimbra e Cascais, mais autarcas invocarão razões de saúde ou outras, para facilitar a sucessão dentro do mesmo partido, permitindo ao número dois que exerça a presidência que faculte a vitória nas próximas eleições.
África do Sul – Diz-se que não há homens insubstituíveis mas a débil saúde e a idade avançada de Nelson Mandela, uma referência nacional e mundial, são motivo de apreensão para a paz do único país africano cuja independência foi bem sucedida.
Itália – Os devaneios amorosos de Sílvio Berlusconi, agora com a confirmação de seduzir menores, tornaram-se um caso de polícia com graves reflexos no prestígio do País, na vida política e no apoio incondicional do clero italiano.
Espanha – Foi removida em Barcelona a última estátua da Vitória franquista, situada na confluência da Avenida Diagonal com o Paseo de Gracia, no cumprimento da Lei da Memoria Histórica. Fascismo nunca mais !
31 de Janeiro – Em 1891 teve lugar a primeira revolta republicana que, embora fracassada, abriu o caminho e as mentes para os novos tempos. Foi o prenúncio do regime que havia de nascer em 5 de Outubro de 1910.
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