Prometeu agrilhoado
Da trilogia das tragédias, Prometeu agrilhoado, Prometeu libertado e Prometeu portador do fogo, só a primeira permaneceu, sendo incerta a ordem, o que dificulta a investigação do mito grego de que Ésquilo poderá ter sido o provável autor. A lábil interpretação do mito permite ao sapateiro cronista tocar o rabecão ao som do qual o adapta.
Alexis Tsipras é, há cinco meses, o Prometeu acorrentado a Yánis Varoufákis, acusado de cinco anos de dívida insolúvel. Todos os dias os abutres lhe devoram o fígado que se regenera para que o suplício não termine, por ordem de Zeus (Troika) a quem evitou que aniquilasse, na sua fúria, os gregos. A piedade de Tsipras permitiu-lhes viver, mas Zeus, quis que o suplício que lhe destinou por lhes ter ensinado a não desejarem mais a morte, lhes deve também caber, sobretudo depois de lhes dar o fogo com que ateou a ira dos credores. Zeus tinha-o proibido de dar o fogo divino da liberdade, o que incendiou a sua fúria. Prometeu previa o castigo, só desconhecia o grau de violência e a diferença da tragédia original, o castigo para todos.
Zeus temeu que os devedores ficassem tão poderosos quanto os próprios credores e tê-lo-á punido pelo crime, deixando-o amarrado à rocha por toda a eternidade enquanto a águia lhe comia permanentemente o fígado, que crescia novamente no dia seguinte, tal como a dívida, e os abutres dilaceravam as vísceras do povo há mais de cinco meses.
A rocha (Varoufákis) manteve-se firme e Prometeu, tolhido pelas correntes, enquanto a águia lhe devorava o fígado, via as vísceras dos gregos, que quis defender, dilaceradas pelos abutres de Zeus. Perante o suplício convocou o povo para usar o fogo da liberdade que lhe ensinara. Hoje, com os abutres a ameaçarem a Acrópole, devedores e credores estão em pânico. O último relatório do temível abutre [FMI] até confirmou, na véspera do uso do fogo referendário, que a rocha e o agrilhoado tinham a razão que negaram.
Todos os comentadores, antigos e modernos, de Hesíodo a Ésquilo, passando por Safo, Platão, Esopo e Ovídio, de Nova York a Bruxelas e Berlim, são unânimes quanto ao papel decisivo de Prometeu na economia global, execrando-o uns, louvando-o outros, sem que algum saiba antecipar as sequelas do veredicto, seja ele qual for.
O suplício de Prometeu, contrariamente ao mito, pode consumir Zeus no fogo a que era imune. Os deuses morrem com os homens. Uns e outros partilham o destino comum.
Até à recolha das cinzas do fogo referendário que lavra na Macedônia, Grécia Central, Peloponeso, Tessália, Épiro, Ilhas Egeias (incluindo o Dodecaneso e Cíclades), Trácia, Creta e Ilhas Jônicas, deixo aos leitores um belo poema de Goethe, «Prometheus», que recolhi na Wikipédia:
"Encobre o teu Céu ó Zeus
com nebuloso véu e,
semelhante ao jovem que gosta
de recolher cardos
retira-te para os altos do carvalho ereto
Mas deixa que eu desfrute a Terra,
que é minha, tanto quanto esta cabana
que habito e que não é obra tua
e também minha lareira que,
quando arde, sua labareda me doura.
Tu me invejas!
(...)
Eu honrar a ti? Por quê?
Livraste a carga do abatido?
Enxugaste por acaso a lágrima do triste?
(...)
Por acaso imaginaste, num delírio,
que eu iria odiar a vida e retirar-me para o ermo
por alguns dos meus sonhos se haverem
frustrado?
Pois não: aqui me tens
e homens farei segundo minha própria imagem:
homens que logo serão meus iguais
que irão padecer e chorar, gozar e sofrer
e, mesmo que sejam parias,
não se renderão a ti como eu fiz"
a) Eu também sou grego, hoje, 5 de julho de 2015, era vulgar.
Alexis Tsipras é, há cinco meses, o Prometeu acorrentado a Yánis Varoufákis, acusado de cinco anos de dívida insolúvel. Todos os dias os abutres lhe devoram o fígado que se regenera para que o suplício não termine, por ordem de Zeus (Troika) a quem evitou que aniquilasse, na sua fúria, os gregos. A piedade de Tsipras permitiu-lhes viver, mas Zeus, quis que o suplício que lhe destinou por lhes ter ensinado a não desejarem mais a morte, lhes deve também caber, sobretudo depois de lhes dar o fogo com que ateou a ira dos credores. Zeus tinha-o proibido de dar o fogo divino da liberdade, o que incendiou a sua fúria. Prometeu previa o castigo, só desconhecia o grau de violência e a diferença da tragédia original, o castigo para todos.
Zeus temeu que os devedores ficassem tão poderosos quanto os próprios credores e tê-lo-á punido pelo crime, deixando-o amarrado à rocha por toda a eternidade enquanto a águia lhe comia permanentemente o fígado, que crescia novamente no dia seguinte, tal como a dívida, e os abutres dilaceravam as vísceras do povo há mais de cinco meses.
A rocha (Varoufákis) manteve-se firme e Prometeu, tolhido pelas correntes, enquanto a águia lhe devorava o fígado, via as vísceras dos gregos, que quis defender, dilaceradas pelos abutres de Zeus. Perante o suplício convocou o povo para usar o fogo da liberdade que lhe ensinara. Hoje, com os abutres a ameaçarem a Acrópole, devedores e credores estão em pânico. O último relatório do temível abutre [FMI] até confirmou, na véspera do uso do fogo referendário, que a rocha e o agrilhoado tinham a razão que negaram.
Todos os comentadores, antigos e modernos, de Hesíodo a Ésquilo, passando por Safo, Platão, Esopo e Ovídio, de Nova York a Bruxelas e Berlim, são unânimes quanto ao papel decisivo de Prometeu na economia global, execrando-o uns, louvando-o outros, sem que algum saiba antecipar as sequelas do veredicto, seja ele qual for.
O suplício de Prometeu, contrariamente ao mito, pode consumir Zeus no fogo a que era imune. Os deuses morrem com os homens. Uns e outros partilham o destino comum.
Até à recolha das cinzas do fogo referendário que lavra na Macedônia, Grécia Central, Peloponeso, Tessália, Épiro, Ilhas Egeias (incluindo o Dodecaneso e Cíclades), Trácia, Creta e Ilhas Jônicas, deixo aos leitores um belo poema de Goethe, «Prometheus», que recolhi na Wikipédia:
"Encobre o teu Céu ó Zeus
com nebuloso véu e,
semelhante ao jovem que gosta
de recolher cardos
retira-te para os altos do carvalho ereto
Mas deixa que eu desfrute a Terra,
que é minha, tanto quanto esta cabana
que habito e que não é obra tua
e também minha lareira que,
quando arde, sua labareda me doura.
Tu me invejas!
(...)
Eu honrar a ti? Por quê?
Livraste a carga do abatido?
Enxugaste por acaso a lágrima do triste?
(...)
Por acaso imaginaste, num delírio,
que eu iria odiar a vida e retirar-me para o ermo
por alguns dos meus sonhos se haverem
frustrado?
Pois não: aqui me tens
e homens farei segundo minha própria imagem:
homens que logo serão meus iguais
que irão padecer e chorar, gozar e sofrer
e, mesmo que sejam parias,
não se renderão a ti como eu fiz"
a) Eu também sou grego, hoje, 5 de julho de 2015, era vulgar.
Comentários
Mas todo este arsenal mitológico tinha um denominador comum. Os deuses não gostavam dos humanos, que sempre aparecem como entes secundários, objectos venais de punição e destinatários de vinganças, no Olimpo onde habitavam as divindades.
Prometeu, segundo a mitologia, foi libertado do seu suplício (nas montanhas do Cáucaso!) por Hércules.
É espantoso como muitos séculos depois a mitologia continua a ser capaz de nos ajudar a decifrar o desconhecido, o oculto e os temores.
Hoje, a trágica crise grega, não deixa de ser um 'hercúleo' passo no caminho da libertação (dos 'deuses', dos 'medos' e da 'submissão').
Independentemente do que vier a seguir.
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