Pedro Arroja, medíocre político e execrável cidadão
Na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEUP) tornou-se notado o Prof. Pedro Cosme Vieira, ideólogo do deputado do PSD, Duarte Marques, e autor da solução para os refugiados: «Em vez de tentar salvar as pessoas que vêm nos barcos precários, ‘salva-los’ atropelando-os com navios portugueses e, depois, todos os que consigam nadar, meter um tiro em cada um», forma de parar a fuga da «pretalhada» [sic] para a Europa.
Agora tornou-se notícia outro primata de vestes talares da FEUP. Numa das numerosas entrevistas que os canais televisivos transmitem e onde se disputa o lixo tóxico da pior direita, apareceu Pedro Arroja, economista ultraliberal, marialva insolente e misógino.
No Porto Canal, Pedro Arroja referiu-se a três políticas portuguesas, Catarina Martins, Mariana Mortágua e Marisa Matias, como “aquelas esganiçadas do Bloco de Esquerda”. A docência universitária não é incompatível com a boçalidade nem o grau académico é vacina contra o dislate. Pedro Arroja, empolgado, acrescentou: “Eu não queria nenhuma daquelas mulheres, já tenho pensado, eu não queria nenhuma daquelas mulheres, nem dada. Nem dada!” Inepto para avaliar a inteligência e a cultura bolçou um sarcasmo.
Que seja petulante e boçal é um direito mas não engrandece a Universidade onde pode debitar tamanhas alarvidades. Não é o cérebro que aflige, é o hálito que fede.
Com estes docentes, se a degradação política continuar, pode algum discípulo tornar-se presidente da República. O atual será esquecido tão depressa que não servirá de vacina.
Agora tornou-se notícia outro primata de vestes talares da FEUP. Numa das numerosas entrevistas que os canais televisivos transmitem e onde se disputa o lixo tóxico da pior direita, apareceu Pedro Arroja, economista ultraliberal, marialva insolente e misógino.
No Porto Canal, Pedro Arroja referiu-se a três políticas portuguesas, Catarina Martins, Mariana Mortágua e Marisa Matias, como “aquelas esganiçadas do Bloco de Esquerda”. A docência universitária não é incompatível com a boçalidade nem o grau académico é vacina contra o dislate. Pedro Arroja, empolgado, acrescentou: “Eu não queria nenhuma daquelas mulheres, já tenho pensado, eu não queria nenhuma daquelas mulheres, nem dada. Nem dada!” Inepto para avaliar a inteligência e a cultura bolçou um sarcasmo.
Que seja petulante e boçal é um direito mas não engrandece a Universidade onde pode debitar tamanhas alarvidades. Não é o cérebro que aflige, é o hálito que fede.
Com estes docentes, se a degradação política continuar, pode algum discípulo tornar-se presidente da República. O atual será esquecido tão depressa que não servirá de vacina.
Comentários
"...funções de docência na Faculdade de Economia da Universidade do Porto, sendo regente da disciplina de Econometria. A Universidade Portucalense, no Porto, a Escola Superior de Jornalismo do Porto, a Universidade Nova de Lisboa, a Universidade Autónoma de Lisboa a Universidade Lusíada e a Universidade Moderna tiveram igualmente a sua colaboração como docente..."; "...Actualmente é professor no Instituto Superior de Estudos Financeiros e Fiscais (IESF) em Gaia, onde lecciona a disciplina de Gestão de Carteiras (2009)..." e "...comentador e consultor para as áreas económicas junto da comunicação social, nomeadamente, no Jornal Vida Económica, Jornal de Notícias, Diário de Notícias, TSF e outros...".
Trata-se, segundo se pode inferir, de um franco atirador da Direita ultraliberal que - nos momentos certos - é trazido à liça.
Infelizmente, nos actuais tempos de 'agitação pré-geringonça' não tem sido o único que tem obtido, da comunicação social portuguesa, um largo 'tempo de antena' o que, salvaguardando a liberdade de expressão e de imprensa como um valor fundamental e inquestionável, não deixa de colocar em foco - mais uma vez - a velha questão da estreita ligação entre a propriedade dos meios de comunicação social e a capacidade de assegurar, na prática social, informativa e cultural, essas mesmas liberdades.
Claro que Pedro Arroja não deve ser observado unicamente como um desbocado e truculento militante político. Tem patologias concomitantes do foro educacional, cultural e civilizacional.
Trata-se, fundamentalmente, de um 'enfermo da cidadania'.
Obrigado pelo seu esclarecimento que me permite corrigir o texto para a minha página de faceboock. No Ponte Europa fica como está para fazerem sentido os amáveis comentários que aqui se encontram. Obrigado.
A própria democracia vai morrendo todos os dias.