A lei autárquica e os independentes à moda do Porto
O Dr. Rui Moreira, certamente um excelente autarca (digo-o sem ironia), pretende que às listas dos candidatos “independentes” sejam dadas as mesmas condições que às dos partidos políticos. E está em vias de o conseguir.
Aqui está uma ideia capaz de gerar uma quase unanimidade, tal é a desconfiança dos partidos políticos e da luta partidária, como se, sem uns e outra, existisse democracia.
Pessoalmente prefiro remar contra a maré e suspeitar dos partidos que apoiam no plano legislativo uma velha reivindicação de caciques (não digo que seja o caso), ansiosos de fazerem propaganda contra os partidos, de se afirmarem apolíticos, enfim, demagogos e reacionários, inconformados com a democracia representativa.
Quem é independente? Quem teme assumir-se politicamente ou quem se dissimula?
O facto de eu não estar inscrito em qualquer partido não faz de mim independente, nem me confere qualquer alvará de isenção partidária. Abandonei, em 1975, a militância de 14 anos, convencido de que a democracia estava definitivamente conquistada, mas não passei a independente. Nem passarei. Diferentes são os ‘independentes’ sem militância, que aceitam comprometer-se com o partido que mais se aproxima das suas convicções, mas aí sabemos a área em que se situam e podemos punir ou premiar esse partido pelo desempenho do ‘seu’ independente.
Não há independentes, há oportunistas ambiciosos que pretendem servir-se dos partidos sem se comprometerem com eles e, eventualmente, para os denegrirem a todos.
O dr. Rui Moreira teria concorrido como independente se o PSD o tivesse preferido ao dr. Luís Filipe Meneses, ou é a síntese da animosidade aos partidos, do bairrismo e da ambição de Rui Rio que, através dele, derrotou Meneses e Marco António?
Agora, desde a irrelevância autárquica do CDS até aos vereadores do PS/Porto vai ter um conjunto de interesses antagónicos a seu favor, não a favor da democracia.
Aqui está uma ideia capaz de gerar uma quase unanimidade, tal é a desconfiança dos partidos políticos e da luta partidária, como se, sem uns e outra, existisse democracia.
Pessoalmente prefiro remar contra a maré e suspeitar dos partidos que apoiam no plano legislativo uma velha reivindicação de caciques (não digo que seja o caso), ansiosos de fazerem propaganda contra os partidos, de se afirmarem apolíticos, enfim, demagogos e reacionários, inconformados com a democracia representativa.
Quem é independente? Quem teme assumir-se politicamente ou quem se dissimula?
O facto de eu não estar inscrito em qualquer partido não faz de mim independente, nem me confere qualquer alvará de isenção partidária. Abandonei, em 1975, a militância de 14 anos, convencido de que a democracia estava definitivamente conquistada, mas não passei a independente. Nem passarei. Diferentes são os ‘independentes’ sem militância, que aceitam comprometer-se com o partido que mais se aproxima das suas convicções, mas aí sabemos a área em que se situam e podemos punir ou premiar esse partido pelo desempenho do ‘seu’ independente.
Não há independentes, há oportunistas ambiciosos que pretendem servir-se dos partidos sem se comprometerem com eles e, eventualmente, para os denegrirem a todos.
O dr. Rui Moreira teria concorrido como independente se o PSD o tivesse preferido ao dr. Luís Filipe Meneses, ou é a síntese da animosidade aos partidos, do bairrismo e da ambição de Rui Rio que, através dele, derrotou Meneses e Marco António?
Agora, desde a irrelevância autárquica do CDS até aos vereadores do PS/Porto vai ter um conjunto de interesses antagónicos a seu favor, não a favor da democracia.
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