Crimes sem castigo e castigos sem crime
A senhora Merkel soma derrotas, não por boas razões, mas pela má, aquela que deu força aos seus adversários da extrema-direita, que renasce, com a corajosa decisão de acolher refugiados em 2015, perante uma onda de xenofobia que cresce na Europa e no mundo. Há analogias que remetem para as condições que precederam a última Guerra mundial.
Nos EUA, um Trump a ganhar velocidade, não é um mero epifenómeno americano, é a ameaça que paira nas democracias, o ódio anti-partidário e a demagogia. Imparáveis.
A Comissão Europeia, cada vez mais satélite do PPE, não suporta que a mais moderada esquerda possa cumprir promessas eleitorais, com a chantagem permanente e o desvelo dos partidos afiliados.
Em Portugal, não lhe basta a comunicação social, exclusiva de grupos económicos, e o ressentimento da direita que gostaria de ilegalizar o PCP e o BE. Não desiste de os ostracizar e de negar a legitimidade que as urnas lhes conferem, e só vê que “os riscos estão inclinados para a negativa”. Depois do empobrecimento a que o anterior Governo reduziu os portugueses, a CE esforça-se agora por privá-los dos fundos estruturais.
E vai acusando que a recuperação económica é lenta; a reposição de salários ameaça o cumprimento do défice; a dívida pública e o seu financiamento são preocupantes; o aumento do salário mínimo (de valores irrisórios) coloca “pressão” sobre o emprego; e o crédito de risco, a CGD e o Novo Banco (herança do anterior governo) produzem incertezas na banca nacional.
Qualquer leigo sabe que o sistema financeiro português continua exposto “a uma série de desafios e riscos”, e que a incompetência e incúria da Troica e do governo autóctone foram incapazes de reverter a crise financeira mundial de 2008, a maior responsável pela situação explosiva que vive o mundo.
É altura de nos perguntarmos se, enquanto a extrema-direita não volta a tomar conta dos países e prescinde de eleições, só a direita tem legitimidade para governar, ainda que os mais néscios a liderem em vários países.
Nos EUA, um Trump a ganhar velocidade, não é um mero epifenómeno americano, é a ameaça que paira nas democracias, o ódio anti-partidário e a demagogia. Imparáveis.
A Comissão Europeia, cada vez mais satélite do PPE, não suporta que a mais moderada esquerda possa cumprir promessas eleitorais, com a chantagem permanente e o desvelo dos partidos afiliados.
Em Portugal, não lhe basta a comunicação social, exclusiva de grupos económicos, e o ressentimento da direita que gostaria de ilegalizar o PCP e o BE. Não desiste de os ostracizar e de negar a legitimidade que as urnas lhes conferem, e só vê que “os riscos estão inclinados para a negativa”. Depois do empobrecimento a que o anterior Governo reduziu os portugueses, a CE esforça-se agora por privá-los dos fundos estruturais.
E vai acusando que a recuperação económica é lenta; a reposição de salários ameaça o cumprimento do défice; a dívida pública e o seu financiamento são preocupantes; o aumento do salário mínimo (de valores irrisórios) coloca “pressão” sobre o emprego; e o crédito de risco, a CGD e o Novo Banco (herança do anterior governo) produzem incertezas na banca nacional.
Qualquer leigo sabe que o sistema financeiro português continua exposto “a uma série de desafios e riscos”, e que a incompetência e incúria da Troica e do governo autóctone foram incapazes de reverter a crise financeira mundial de 2008, a maior responsável pela situação explosiva que vive o mundo.
É altura de nos perguntarmos se, enquanto a extrema-direita não volta a tomar conta dos países e prescinde de eleições, só a direita tem legitimidade para governar, ainda que os mais néscios a liderem em vários países.
Ponte Europa / Sorumbático
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