Militares ao Quartel!

Basta!
Um dos países europeus, sem inimigos vizinhos imediatos, que mais despesa per capita apresenta com as Forças Armadas… e sem que se evidencie a qualidade do seu equipamento?!
Só pode querer dizer que 31 anos depois do fim da Guerra colonial as FA ainda estão sobredimensionadas em pessoal e em despesa corrente. Assim não pode continuar!

Admiro o desempenho dos nossos militares nas múltiplas frentes internacionais em que estão envolvidos. Embora, quiçá, também nesse aspecto tenhamos mais “olhos que barriga”… São mais de mil soldados lá fora!
As FA cumprem um papel notável nas operações de paz e contribuem decisivamente para o prestígio de Portugal no Mundo!

Mas, não é um balanço sobre o mérito das Forças Armadas que está hoje, quando mais um contingente parte para o Líbano, em causa.
É antes o repúdio pelo “passeio do descontentamento” que agita os nossos noticiários e abala o prestígio do Estado.

O Chefe Supremo das Forças Armadas fugiu ao assunto na entrevista que “deu” à SIC. Ninguém lhe conhece um pensamento, uma reacção, uma atitude. Apenas os votos de “estabilidade” e “tranquilidade”. Uma canção de embalar… que em nada engrandece a Presidência da República.

O Governo deve actuar de acordo com o seu programa. Com justiça e ponderação. Sem recusar o diálogo e a negociação. Mas sempre almejando um reequilíbrio das despesas que deverá passar por melhores Forças Armadas com menos despesa!

E para dialogar é preciso dizer bem alto: Militares ao Quartel!

Comentários

Anónimo disse…
Parece-me que vinte e seis operários das FA estão com processos em cima. Ora aí está o resultado das mentiras de Sócrates.A tropa, não as suportou e foi até ao Rossio às compras. E deu nisto. È verdade que o nosso primeiro avisou mas as FA julgaram-se com direitos que afinal não têm.
Tenho cada vez mais dificuldades em entender este socialismo de Sócrates e também o comportamento de Cavaco enquanto Chefe do Estado Maior General das FA, que vê agora alguns dos seus quadros com procesos às costas.
Cada vez mais me convenço que a entrevista de Cavaco foi extemporânea e que os seus assessores são umas nódoas.
A situação actual começa a ser dramática porquanto não dá confiança alguma.
Para mim, Sócrates é culpado.

Manuel de Brito/Porto
Anónimo disse…
«O Governo deve actuar de acordo com o seu programa»
«Militares ao quartel»
A) AP: a principal razão do ‘problema militar’, não é o Governo actuar com o seu programa. É não ter de todo um programa.
Quanto aos «militares ao quartel», há aqui outro equívoco. A maior parte dos quartéis estão de há muito vazios de tropa, principalmente soldados. Restam os quadros, tanto menos ocupados quanto os generais chefes (seleccionados pelo Governo) se confessam extremamente ocupados e «sem tempo para pensar» (afirmação do chefe de um dos ramos militares).
E se este governo ficar pela reforma anunciada para terminar em 2007 (cito o MDN), lá vamos ter quase tudo na mesma. Mais uns anos, na mesma, com grande parte dos quadros a pedir uma terapia ocupacional (e melhores salários).
B) De uma nova Lei Orgânica do Exército, de Mar06 (da responsabilidade deste Governo?), suposta de provocar uma ‘transformação profunda ‘ no Exército, resultaram de entre outras as seguintes pérolas:
a) Mudança de dois Comandos Funcionais de Lisboa para o Porto e Évora. Absolutamente contra natura funcional.
b) Um tenente general e um major general (director de instrução), transformados num tenente general e três majores generais. Em vez da direcção de Instrução, três direcções: Doutrina, Formação e Educação. Na Armada e na Força Aérea, os Comandos de Pessoal incluem e chefiam uma Direcção de Instrução cada um.
C) Recursos humanos/ pessoal militar no Exército – produto operacional: dois mil (a três mil) efectivos razoavelmente formados e treinados, num total de 19 mil militares. Nas FA, aproximadamente 17 mil quadros para 17mil cabos e soldados*. Em operações no exterior: sete/oito centenas de militares, no limite orçamental possível.
Aqui está AP, uma amostra do “programa do governo».
Diria um qq jovem capitão ou oficial superior, o programa com que generais chefes e políticos dirigentes, se enganam uns aos outros.
* Já imaginaram a Auto Europa com 17 mil engenheiros e engenheiros técnicos e 17 mil operários?
Cumprimentos
BM
Anónimo disse…
Meu caro André

Esse teu conceito de democracia deixa muito a desejar. Felizmente que nem mesmo este PS ainda não se lembrou de requisitar os teus serviços... Nem todos todos lambe-botas veêm os seus desejos satisfeitos.
Anónimo disse…
André:

O Maló, se não fose do PSD, teria reparado no post anterior da autoria de um dos mais competentes e experimentados oficiais portugueses a quem os acasos da sorte negaram o generalato.

Depois de umas FA que tiveram como ministro o Paulo Portas e, como protectora, a Senhora de Fátima, o que se poderia esperar?

É a vida, como dizia um saudoso engenheiro.
Anónimo disse…
Portugal, não precisa de Forças Armadas para nada...quando muito, necessita duma força naval capaz de vigiar as costas.

O peso das forças armadas actuais, é enorme, face a dimensão do país e às ciscunstâncias.
Com o fim da guerra colonial, não acabaram os vícios da hierarquia militar, temos generais a mais e dinheiro a menos.

Não faz sentido, tanta missão no estrangeiro, o país não se pode pôr em bicos de pés, para resolver os problemas dos outros... somos um país pequeno, e temos de agir, junto da comunidade internacional, d'acordo com a nossa dimensão.

O Estado português, tem obrigações com os militares que serviram Portugal, na guerra colonial e não as cumpre...o dinheiro só chega para as "caganças" dum governo, socialista, para as reformas dos políticos, para as acumulações, para os subsídios de reintegração...enfim, para tudo, menos para, o povo.
Anónimo disse…
Bolas,parece que vim parar ao artigo de A luta.Safa,vou-me já pirar.PS está mais parecido com o PSD.E apouca vergonha dos tachinhos e cargos distribuidos pelos comparsas?Não têm moral alguma!
Anónimo disse…
Atenção:

Favor anotar:

1) Mas, não é um balanço sobre o mérito das Forças Armadas que está hoje, quando mais um contingente parte para o Líbano, em causa.

2) É antes o repúdio pelo “passeio do descontentamento” que agita os nossos noticiários e abala o prestígio do Estado.

O que está em discusasão é o ponto 2.

Manuel de Brito/Porto
Anónimo disse…
O problema com os militares foi adulterado.
1.) Cavaco, Comandante Supremo das FA, ao contrário do que se diz no texto manifestou-se, pulicamente, contra as manifestações de militares. Ao fazê-lo enviou uma mensagem para o interior das FA e afirmou uma questão de princípio.
2.) Sócrates, e o MDN, mostraram um grau de dificuldade e uma incontrolada intolerância para lidar com problemas concretos dos militares.

O autoritarismo, evidente nesta questão que confronta o Governo com os militares, mesmo quando respaldado por sorrisos e declarações de circunstância, é uma faceta detestável do exercício do poder.
Recorda-nos uma recente tirada de Sócrates quando afirmou que via "com humor" as contestações sindicais que há algumas semanas se realizaram pelo País.

Bem, em suma, pedir (e obter) uma maioria absoluta pode ser mais fácil do que exercê-la com humilde determinação.
Ou o inverso: determinação e humildade.

Finalmente:
"O Governo deve actuar de acordo com o seu programa."
Eis um exemplo de uma frase feita, vazia de conteúdo e insistentemente usada para justificar tudo. Aquilo a que o PS, em tempos, designou de "cassete".
Serve para tudo. O que não está explicito deve ler-se nas interlinhas ou terá sido dito ou negado (conforme as conveniências) na campanha eleitoral.
Quem, p. exemplo, ler o programa do Governo:
Capítulo V - II. Defesa Nacional - 5. Modernização das Forças Armadas:
Reforma do Sistema de Saúde Militar, entende a vacuidade (e as gralhas?) das "cassetes" enxameiam textos ditos programáticos.
Anónimo disse…
Adenda:

"E para dialogar é preciso dizer bem alto: Militares ao Quartel!"

Dizer bem alto, não é dialogar, é gritar!

E, já agora, não constará no programa do XVII Governo Constitucional, provavelmente, esse conceito remonta a 1980 e, quiçá, estará no programa do Governo da AD, que foi liderado por Sá Carneiro.
Anónimo disse…
Fardeeeetas! SEEEENTIDO"
Anónimo disse…
CORNÉIS, SEEEENtido
Anónimo disse…
E quando se referem aos funcionários públicos estão a lembrar-se destes? a única diferença é que são fardados e bem pagos! por exemplo um professor colocado em concelho que não o da sua residência na deslocação e na residência paga a totalidades do seu bolso, enquanto eles, um-terço de bilhete na CP, subsídio de deslocação mensal, comida e dormida nos quartéis (à borla), ajudas de custo a 100% diárias e para não falar daquela coisa de começar a semana à terça e acaba-la á quinta...
Anónimo disse…
vamos funcionários publicos levantem tambem a vossa voz e todos de farda pro rossio boa boa
Anónimo disse…
isto tem sido um maná para alguns mas que estranho País este, como dizia Pessoa que não consegue pagar reformas razoaveis aos seus reformados não consegue alimentar convenientemente a sua população, mas consegue dar mordomias maiores que qualquer País rico Europeu a alguns dos seus cidadaõs.
Porquê para uns subsidios, despesas de representação carros telemoveis etc etc Férias pagas varios meses, Casas pagas,redução nos horarios de trabalho e para outros sempre mas sempre um discurso de apertar o cinto.
Anónimo disse…
Socialistas e Sociais Democratas...é assim a triste sina do povo, ser (des)governado por eles...

Mensagens populares deste blogue

Divagando sobre barretes e 'experiências'…

26 de agosto – efemérides