Campanhas "negras" e campanhas asquerosas do PCP
Já é sobejamente conhecida a "campanha negra" do PSD contra o 1º Ministro, pelo que me dispenso de nela insistir.
Hoje porém leio na 1ª página do Expresso que o PCP, na última edição do seu pasquim "Avante" -hoje, que é legal, talvez menos lido do que quando era clandestino- se refere a Paulo Pedroso - que foi ilibado do "caso Casa Pia" por decisão judicial já transitada em julgado - como "o antigo arguido do processo da Casa Pia que teve a sorte grande no segundo recurso para a Relação" , e a Ferro Rodrigues, que nunca foi sequer arguido no mesmo processo, como "procedente do mesmo saco de antigos suspeitos no caso da 'Casa Pia'."
Esta campanha do PCP - digna dos seus mais nojentos tempos estalinistas - é absolutamente asquerosa, muito mais indigna que a do PSD. A referência àqueles dois dirigentes socialistas, feita naqules termos, só é comparável à que o mesmo "Avante" fez, no tempo do fascismo, aos marxistas-leninistas F. Martins Rodrigues e outros, dissidentes do PCP, denunciando à PIDE que eles iam regressar a Portugal -.
Em suma: o PCP é incorrigível, pelo que não acho sequer pensável uma aliança do PS com ele, seja em que circunstâncias for.Que mais não seja, é uma questão de decência.
Hoje porém leio na 1ª página do Expresso que o PCP, na última edição do seu pasquim "Avante" -hoje, que é legal, talvez menos lido do que quando era clandestino- se refere a Paulo Pedroso - que foi ilibado do "caso Casa Pia" por decisão judicial já transitada em julgado - como "o antigo arguido do processo da Casa Pia que teve a sorte grande no segundo recurso para a Relação" , e a Ferro Rodrigues, que nunca foi sequer arguido no mesmo processo, como "procedente do mesmo saco de antigos suspeitos no caso da 'Casa Pia'."
Esta campanha do PCP - digna dos seus mais nojentos tempos estalinistas - é absolutamente asquerosa, muito mais indigna que a do PSD. A referência àqueles dois dirigentes socialistas, feita naqules termos, só é comparável à que o mesmo "Avante" fez, no tempo do fascismo, aos marxistas-leninistas F. Martins Rodrigues e outros, dissidentes do PCP, denunciando à PIDE que eles iam regressar a Portugal -.
Em suma: o PCP é incorrigível, pelo que não acho sequer pensável uma aliança do PS com ele, seja em que circunstâncias for.Que mais não seja, é uma questão de decência.
Comentários
A saga contra Paulo Pedroso e Ferro Rodrigues, alimentada pelo PCP, no seu orgão oficial de comunicação social o "Avante" é, provavelmente, o incidente mais sujo e badalhoco desta pré-campanha eleitoral para as Legislativas.
Não vale a pena refugiar-se em subterfúgios. Esta "arremetida" não é uma tentativa (mal conseguida) de enxovalho contra 2 destacados militantes do PS, atinge a globalidade dos socialistas e envergonha toda a Esquerda (partidária ou independente).
Mais, este miserável escrito só saíu no "Avante", porque colheu a prévia concordância da direcção do PCP. E não é um acto isolado, nem sequer reversível com uma retractação pública.
O PCP, nos últimos tempos, tem centrado a sua campanha no afrontamento directo ao PS. Escolheu, portanto, um dos possíveis meios de, por caminhos ínvios e numa ilusória pretensão de congregar à sua sombra o descontentamento, facilitar a vitória da Direita.
É isso que consegue capitalizar quando escarnece de qualquer hipótese de entendimentos entre as forças de Esquerda.
Se, por acidente histórico, a Direita - nestas eleições - conseguir o exercício da governação, o PCP duplicará ou triplicará os motivos para protestar, mas não conseguirá evitar o sofrimento e a humilhação dos mais desprotegidos, em nome dos quais, baseia e fundamenta, o seu execrável comportamento político actual. Entregará - sob um coro de protesto - os mais frágeis, os mais humildes, numa bandeja à arrogância, à repressão, ao retrocesso económico, à exploração, enfim, à exclusão social, que é o apanágio da Direita portuguesa.
A deriva estalinista da actual direcção do PCP é um incontornável precalço político que, inevitavelmente, conduzirá a uma lamentável decadência deste partido e ao seu irreversível definhamento. É isso que a história contemporânea europeia nos ensina.
Decadência é a imagem que o escabroso artigo do "Avante" transmite a qualquer cidadão. Atinge os princípios da boa e leal prática política, da decência de comportamento social que, felizmente, ainda orientam as posições de muita gente.
Não se focaliza nos militantes e simpatizantes do PS...
Prosas deste tipo e deste quilate provocam uma incontrolável indignação.
E a indignação pública e colectiva têm um efeito terrível:
- ridiculariza os seus protagonistas.
Fora do contexto analisado, considero impagável o título escolhido pelo autor (Leandro Martins) do artigo de opinião publicado no "Avante" de 20.08.09.
O descaramento...,i.e., o mundo às avessas!
Li o Expresso sem possibilidade de reagir à canalhice (falta de acesso à NET).
Obrigado por tê-lo feito.
Junto à Ana e ao E-Pá o protesto da minha indignação.
Uma Câmara Municipal não vale tanta baixeza.