Programa Eleitoral do PSD: a montanha pariu um rato...
O PSD simulando o mais profundo desprezo pela propaganda, finalmente, apresentou o seu Programa Eleitoral, após a criação de uma campanha de “suspense”, que relembra os enigmáticos tabus de Cavaco, inserido numa sofisticada campanha de marketing que há meses, este partido, vem exorcizando... em nome da verdade e da ética política.
A montanha pariu um rato!
Nem o programa era assim tão sintético – na verdade não cabe numa folha A4 – nem, para quem tem memória, foi inovador.
O tempo gasto a preparar este vulgar Programa mostra que, de facto, o PSD, enquanto principal partido da oposição, andou à deriva dos acontecimentos e na deriva da casualidade quotidiana. Enquanto oposição mostrou que não tinha programa alternativo. Fabricou-o agora e, esse facto, vem dar razão aos que sempre afirmaram que este partido norteava-se pelo culto da maledicência, do bota-abaixo.
Cinco grandes temas marcam o referido programa: Economia, Políticas Sociais, Justiça, Educação e Segurança.
Não vamos dissecar estes itens programáticos mas a ideia que perpassa é que o mesmo contorna (ignora) o facto de estarmos em plena crise económica e social.
As medidas avulsas que preconiza têm uma única preocupação: contrastar com o programa do PS.
Usando de todos os meios mas, fundamentalmente, picando o olho aos desiludidos (caso da Educação) com a prestação do Governo de Sócrates.
Sócrates, subliminarmente, tornou-se a grande motivação programática, a centralidade temática, mesmo sem ser citado.
Nada foi explicado e, portanto, ao contrário do que desejariam os seus promotores, nada ficou límpido e transparente.
Por exemplo, pouco ou nada sabemos como combater com o défice das contas públicas, excepto uma angustiante preocupação que, aliás, é o denominador comum da grande maioria dos cidadãos.
São estes assuntos consensuais que povoam o inconsciente colectivo dos portugueses que o programa trás à liça, sem apresentar propostas de resolução ou de ruptura com o passado.
Não foi explanado qualquer novo modelo económico, nem políticas sociais alternativas, nem aprofundado qualquer outro assunto. Este Programa insiste para que o eleitorado lhe passe um cheque em branco...
Há, contudo, um aspecto que, numa apreciação geral, não pode ser ignorado. O regresso às puras e duras políticas neo-liberais, bem expressa no púlpito da apresentadora deste programa: “Ferreira Leite defende menor intervenção do Estado”.
O regresso em força a uma matriz política neo-liberal, sob uma capa social-democrata, explicitada pelo conhecido e repetitivo slogan: “menos Estado, melhor Estado”… é, exactamente, caminhar para trás, ao encontro das causas profundas que desencadearam a actual crise económica e social.
É, no tempo em que todos anseiam a saída da recessão, caminhar contra a corrente preponderante na UE, face à actual crise.
O Estado, para Manuela Ferreira Leite, não tem préstimos e deve apagar-se. Todavia, serviu - em circunstâncias de pré-ruptura - para resolver os problemas de insolvência das instituições financeiras.
Portanto, será mais verdadeiro e explícito defender o Estado-Kleenex, i.e., descartável - de usar e deitar fora…
A montanha pariu um rato!
Nem o programa era assim tão sintético – na verdade não cabe numa folha A4 – nem, para quem tem memória, foi inovador.
O tempo gasto a preparar este vulgar Programa mostra que, de facto, o PSD, enquanto principal partido da oposição, andou à deriva dos acontecimentos e na deriva da casualidade quotidiana. Enquanto oposição mostrou que não tinha programa alternativo. Fabricou-o agora e, esse facto, vem dar razão aos que sempre afirmaram que este partido norteava-se pelo culto da maledicência, do bota-abaixo.
Cinco grandes temas marcam o referido programa: Economia, Políticas Sociais, Justiça, Educação e Segurança.
Não vamos dissecar estes itens programáticos mas a ideia que perpassa é que o mesmo contorna (ignora) o facto de estarmos em plena crise económica e social.
As medidas avulsas que preconiza têm uma única preocupação: contrastar com o programa do PS.
Usando de todos os meios mas, fundamentalmente, picando o olho aos desiludidos (caso da Educação) com a prestação do Governo de Sócrates.
Sócrates, subliminarmente, tornou-se a grande motivação programática, a centralidade temática, mesmo sem ser citado.
Nada foi explicado e, portanto, ao contrário do que desejariam os seus promotores, nada ficou límpido e transparente.
Por exemplo, pouco ou nada sabemos como combater com o défice das contas públicas, excepto uma angustiante preocupação que, aliás, é o denominador comum da grande maioria dos cidadãos.
São estes assuntos consensuais que povoam o inconsciente colectivo dos portugueses que o programa trás à liça, sem apresentar propostas de resolução ou de ruptura com o passado.
Não foi explanado qualquer novo modelo económico, nem políticas sociais alternativas, nem aprofundado qualquer outro assunto. Este Programa insiste para que o eleitorado lhe passe um cheque em branco...
Há, contudo, um aspecto que, numa apreciação geral, não pode ser ignorado. O regresso às puras e duras políticas neo-liberais, bem expressa no púlpito da apresentadora deste programa: “Ferreira Leite defende menor intervenção do Estado”.
O regresso em força a uma matriz política neo-liberal, sob uma capa social-democrata, explicitada pelo conhecido e repetitivo slogan: “menos Estado, melhor Estado”… é, exactamente, caminhar para trás, ao encontro das causas profundas que desencadearam a actual crise económica e social.
É, no tempo em que todos anseiam a saída da recessão, caminhar contra a corrente preponderante na UE, face à actual crise.
O Estado, para Manuela Ferreira Leite, não tem préstimos e deve apagar-se. Todavia, serviu - em circunstâncias de pré-ruptura - para resolver os problemas de insolvência das instituições financeiras.
Portanto, será mais verdadeiro e explícito defender o Estado-Kleenex, i.e., descartável - de usar e deitar fora…
Comentários
Nenhum de nós se deve preocupar com o que os outros escrevem.
Eu só leio os outros posts depois de publicar os meus, para evitar o arrependimento.