As romanescas desventuras de um lusitano meirinho …
Os povos, em democracia, têm rituais.
São chamados a manifestar-se, periodicamente, sobre os dirigentes políticos.
As eleições são o arraial da democracia, onde discutimos, disputamos, erguemos e enterramos fantasmas, convivemos com a indecisão e, finalmente, escolhemos.
Pelo meio a festa com a explosão de sentimentos, a alegria, o contentamento, o regozijo, os desencantos, os dissabores, etc.
Esta desassombrada explosão de liberdade é, por vezes, entrecortada por excessos, desmandos e, inclusive, por abusos. A Democracia é humanizante e humanizadora.
Se no meio deste arraial de convivência democrática aparece um meirinho que vive enclausurado num Palácio e quer manter-se à margem dos festejos, torna-se objecto da curiosidade, um foco do interesse, o alvo das atenções.
Pior será quando esse meirinho, mantendo-se distante, afastado – mas nunca longe – está lá, não para partilhar, mas para espiolhar e, depois, conjurar,
Como a timidez não lhe permite afadigar-se com a trupe, esgueira-se do arraial, na companhia de um compadre de longa data. Encarrega-o de bichanar aos jornais, sobre terríveis e desalmados entes que andam a esquadrinhar os seus domínios.
Queixa-se que um grupo de arcontes, inimigos, coscuvilham o que faz e o que manda fazer, sentindo-se, a toda a hora, perscrutado.
Persegue-o essa intolerável fobia, esse desatino, um lastimoso infortúnio.
Recentemente descoberto nesta sua malhoada, mantêm-se distante e promete – finalmente! – aparabolar, depois de o arraial levantar.
Mas, a sua natureza somítica não lhe permite resistir. Expulsa do paço o velho compadre que o ajudou a fazer o mal e a caramunha.
Ergue-se um coro de indignação e exigências de aclaramento das desgraças que impestam o ar.
Nada, o meirinho, caí no mais profundo silêncio.
Silêncio que ninguém compreende. Será uma "verdade" não-revelada?
Todos, se interrogam, sobre as características desse abrupto silêncio, principalmente, os que são mais fiéis abruptos.
Este silêncio é:
- Punitivo?
- Culpado?
- Ofendido?
- Intimidado?
- Magoado?
- Defensivo?
- Desesperado?
- Indiferente?
- Desprezível?
- …
O arraial está próximo de ser levantado.
A ventania que moveu as intrigas tem de amainar ou, então, transforma-se num tufão que tudo arrasta à sua passagem...
São chamados a manifestar-se, periodicamente, sobre os dirigentes políticos.
As eleições são o arraial da democracia, onde discutimos, disputamos, erguemos e enterramos fantasmas, convivemos com a indecisão e, finalmente, escolhemos.
Pelo meio a festa com a explosão de sentimentos, a alegria, o contentamento, o regozijo, os desencantos, os dissabores, etc.
Esta desassombrada explosão de liberdade é, por vezes, entrecortada por excessos, desmandos e, inclusive, por abusos. A Democracia é humanizante e humanizadora.
Se no meio deste arraial de convivência democrática aparece um meirinho que vive enclausurado num Palácio e quer manter-se à margem dos festejos, torna-se objecto da curiosidade, um foco do interesse, o alvo das atenções.
Pior será quando esse meirinho, mantendo-se distante, afastado – mas nunca longe – está lá, não para partilhar, mas para espiolhar e, depois, conjurar,
Como a timidez não lhe permite afadigar-se com a trupe, esgueira-se do arraial, na companhia de um compadre de longa data. Encarrega-o de bichanar aos jornais, sobre terríveis e desalmados entes que andam a esquadrinhar os seus domínios.
Queixa-se que um grupo de arcontes, inimigos, coscuvilham o que faz e o que manda fazer, sentindo-se, a toda a hora, perscrutado.
Persegue-o essa intolerável fobia, esse desatino, um lastimoso infortúnio.
Recentemente descoberto nesta sua malhoada, mantêm-se distante e promete – finalmente! – aparabolar, depois de o arraial levantar.
Mas, a sua natureza somítica não lhe permite resistir. Expulsa do paço o velho compadre que o ajudou a fazer o mal e a caramunha.
Ergue-se um coro de indignação e exigências de aclaramento das desgraças que impestam o ar.
Nada, o meirinho, caí no mais profundo silêncio.
Silêncio que ninguém compreende. Será uma "verdade" não-revelada?
Todos, se interrogam, sobre as características desse abrupto silêncio, principalmente, os que são mais fiéis abruptos.
Este silêncio é:
- Punitivo?
- Culpado?
- Ofendido?
- Intimidado?
- Magoado?
- Defensivo?
- Desesperado?
- Indiferente?
- Desprezível?
- …
O arraial está próximo de ser levantado.
A ventania que moveu as intrigas tem de amainar ou, então, transforma-se num tufão que tudo arrasta à sua passagem...
Comentários