Um dos homens que em Portugal sabe desta ‘poda’ (financeira), isto é, das suas ' maningâncias ' assente num saber camoniano (de 'experiência feito') é João Rendeiro (de sua graça) que resolveu produzir sobre o ‘caso GES/BES’, em desenvolvimento, algumas afirmações deveras preocupantes. Trata-se de um expert que sendo, neste momento, um dos principais arguidos no processo BPP ostenta publicamente o ‘ savoire faire ’ relativo a estas coisas e é tido pelos ‘ mercados ’ como um analista qualificado (que terá apreendido com o ‘desastre BPP’). Este ex-banqueiro (actualmente está inibido de exercer essa ‘profissão’) que virou comentador económico-financeiro na blogosfera ( link ; link ) admite que o impacto na economia gerado pela ‘crise GES/BES e associados’ poderá ser quantificado numa queda do PIB que atingirá 7,6% link . Até aqui as preocupações políticas (do Governo e dos partidos) têm-se centrado sobre quem vai pagar a falência do Grupo (BES incluído) e as c...
Comentários
Na verdade, a renitente (e ao que parece orgulhosa) senhora tem dificuldade em reconhecer que, num recente programa televisivo, meteu o pé na poça.
Mas andando há tantos anos na sua caritativa 'missão social' tinha obrigação de saber que a caridade acentua as profundas (por vezes intransponíveis) barreiras entre quem dá e quem recebe, enquanto que a solidariedade aproxima pessoas (diferentes).
A caridade é efémera e pode mitigar, p. exº., a fome, no momento. É o bodo aos pobres.
Por outro lado, a solidariedade pretende (embora nem sempre o consiga) construir algo de mais duradouro, estrutural e humano que perdure e actue ultrapassando a condição social de ambos os intervenientes, aproximando-os.
É por isso que existindo muita gente que se acha solidário e defende modelos de solidariedade social organizados (não obrigatoriamente de carácter público) está muito longe dos conceitos caritativos que esta senhora quer fazer passar.
Quando se coloca em choque a solidariedade e a caridade por detrás existe sempre um modelo ideológico. Não vale a pena iludir esse facto.