A cerimónia, que contou com mais de 250 juízes, foi presidida pelo “chefe” [sic] do Supremo Tribunal de Justiça – diz o DN. Comentários: – Se os juízes não aprenderem a respeitar o poder legislativo e o poder executivo, sem ameaças, arriscam-se a perder o respeito que lhes é devido; – Os juízes podem acusar o Governo de agir como no Estado Novo (eufemismo que designa a ditadura fascista), apenas os que têm mais vocação sindicalista, mas hoje não se podem queixar de passar pela humilhação de integrarem Tribunais Plenários para os quais nunca faltaram candidatos. Fonte : DN, hoje – pg. 14
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Na verdade, a renitente (e ao que parece orgulhosa) senhora tem dificuldade em reconhecer que, num recente programa televisivo, meteu o pé na poça.
Mas andando há tantos anos na sua caritativa 'missão social' tinha obrigação de saber que a caridade acentua as profundas (por vezes intransponíveis) barreiras entre quem dá e quem recebe, enquanto que a solidariedade aproxima pessoas (diferentes).
A caridade é efémera e pode mitigar, p. exº., a fome, no momento. É o bodo aos pobres.
Por outro lado, a solidariedade pretende (embora nem sempre o consiga) construir algo de mais duradouro, estrutural e humano que perdure e actue ultrapassando a condição social de ambos os intervenientes, aproximando-os.
É por isso que existindo muita gente que se acha solidário e defende modelos de solidariedade social organizados (não obrigatoriamente de carácter público) está muito longe dos conceitos caritativos que esta senhora quer fazer passar.
Quando se coloca em choque a solidariedade e a caridade por detrás existe sempre um modelo ideológico. Não vale a pena iludir esse facto.