Ventos da ONU: alerta, aviso, advertência, anúncio, notificação,...

Portugal deve renegociar parte da dívida já, é o que defende uma equipa de economistas das Nações Unidas ao abrigo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, que passou o último ano a analisar as economias dos países do Sul da Europa.
Os economistas defendem que, no caso português, o Governo inicie, de imediato, negociações para rever o memorando de entendimento com a troika, e renegociar 41 por cento da dívida do país, noticia a TSF.
O relatório que já foi entregue a todos os órgãos de soberania e aos parceiros sociais.link

Se fosse necessário para os portugueses entenderem o desastre que está a ser o caminho trilhado por este Governo (vide OE – 2013), o presente relatório de um organismo das Nações Unidas, espelha com clareza (e preocupação) a visão como a comunidade internacional – aquela que não está organicamente conotada aos interesses dos 'credores' – observa o rumo do “resgate português” em curso.

Claro que conseguir fazer valer, no seio de uma troika enfeudada a questões orçamentais e interesses financeiros, uma solução deste teor – renegociação de parte da dívida já - é uma tarefa árdua e que exige, deste Governo, para além do sentido de Estado, uma humildade e dignidade democrática (atributos que parecem escassear).
Mas, daqui para a frente, não existem – para além da cegueira ideológica – desculpas quanto à não apresentação de propostas alternativas, da parte dos que estudam, analisam e pensam o caminho que estamos, penosamente e parece que ingloriamente, a percorrer. 
Trata-se, portanto, de (mais) um lancinante aviso que é feito e 'oferecido' quando o País está à beira do precipício.

O aviso do coordenador do relatório quanto à urgência de renegociação - o economista Artur Baptista da Silva (na foto) - é muito directo, explícito e linear. Reporta: "Se não for negociado agora, então, daqui a seis meses, vamos fazê-lo de joelhos. Todas as projecções que fizemos para a economia, a dívida e o desemprego, levam-nos a crer que Portugal estará em sérias dificuldades em termos de controle social dentro de meio ano" … link. [tradução livre].

Comentários

e-pá! disse…
Apostila:

Manda a decência e o rigor informativo que face as dúvidas surgidas à volta das funções de Artur Baptista da Silva como coordenador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, transcreva aqui o esclarecimento emitido, há poucos momentos, pela TSF link:
Esclarecimento sobre papel de Artur Baptista da Silva nas Nações Unidas.
Perante dúvidas surgidas ao início da tarde sobre a idoneidade de Artur Baptista da Silva, que deu uma entrevista à TSF na qualidade de coordenador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, a TSF tentou, ao longo do dia, confirmar suspeitas, que indicavam que não teria qualquer função naquela organização.
Fontes da delegação portuguesa nas Nações Unidas, contactadas hoje pela TSF, dizem desconhecer Artur Baptista da Silva, e estranham a criação de um Observatório Económico e Social das Nações Unidas para a Europa do Sul.
A TSF já confrontou Artur Baptista da Silva com estas suspeitas. Em dois contactos telefónicos distintos, durante a tarde, Baptista da Silva manteve a sua versão dos factos, mas recusou fazer prova de que, de facto, é funcionário das Nações Unidas.
Nos últimos dois meses, Artur Baptista da Silva foi orador convidado em diversas conferências em Portugal, e deu entrevistas a diversos órgãos de comunicação social. Espaço público que ocupou a descrever as preocupações das Nações Unidas com os efeitos da crise nos países do Sul da Europa e a apontar caminhos alternativos.
Até ao momento não foi possível obter qualquer informação oficial das Nações Unidas, algo que a TSF continuará a tentar, mas por precaução e perante dúvidas ainda por esclarecer, a TSF decidiu retirar de antena e da página na internet os conteúdos relacionados com Artur Baptista da Silva.

Paulo Tavares, editor de política da TSF

Ficamos, portanto, a aguardar mais e melhores esclarecimentos.
Seja quem for, ouvi-o com agrado e mostrou saber do que falava.
e-pá! disse…
CE:

Um pouco de reflexão histórica pode enquadrar-se neste, ainda não totalmente esclarecido, 'caso':

'Dario III, rei da Pérsia, cometeu erros fatais durante a guerra que travou com Alexandre, o Grande.
Informado por Charidemos (o mensageiro do campo de batalha) do desastre eminente devido às más decisões estratégicas, Dario III mandou matá-lo'
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