O "PEDRO" E O "ESTEVES"


O primeiro-ministro em exercício vem dando inquietantes sinais de distúrbio psicótico, agora com sintomas de dupla personalidade.


Há dias facebookou uma mensagem lamechas, no estilo literário de revista cor-de-rosa, a que não faltavam os pontapés na gramática, na qual, não sei se por cinismo se por total perda do sentido da realidade, tratava os portugueses por “amigos” e, em seu nome e no “da Laura”, desejava “a todos umas Festas Felizes”, terminando com “um abraço” e assinando familiarmente “Pedro”.

Mas ao lado deste “Pedro” ternurento temos o implacável Passos Coelho do “custe o que custar”, fustigador da “pieguice”, injuriador dos velhos reformados, mais troikista que a troika e – faceta que agora revelou – aprendiz de Salazar.

Como se sabe, Salazar, avesso a multidões e a festejos, nunca inaugurava nada nem “abrilhantava” com a sua presença quaisquer comemorações; para esse tipo de coisas mandava o Thomaz. Não deixava porém de visitar as “realizações do Estado Novo”; mas fazia-o ás escondidas, normalmente na véspera das inaugurações, e sem que a Censura deixasse a comunicação social anunciar a sua ida. Só no dia seguinte é que os jornais noticiavam que “ontem o Senhor Presidente do Conselho esteve...”. Daí que o povo o tivesse cognominado de “o Esteves”.

Pois Passos Coelho vai pela mesma. Há tempos anunciou a sua vinda a Coimbra para a cerimónia de reabertura do Museu Machado de Castro. Porém à última hora – certamente receoso das vaias populares que o aguardavam – desistiu de vir e fez-se representar por um obscuro secretário de Estado – tão obscuro que ninguém deu por ele.

Nem por isso, contudo, deixou de ser vaiado “in absentia”.

Todavia acabou por vir visitar o Museu, no passado dia 28, mas sem se fazer anunciar (mesmo assim não escapou às costumadas vaias, pois sempre houve quem soubesse, por vias travessas, da sua vinda).

Só no dia seguinte é que os jornais noticiaram o facto. Mas o mais curioso é que trazia consigo, no banco do carro em que veio, um grosso livro sobre “SALAZAR”, como se pode ver na imagem que encima este artigo e melhor se via na fotografia que o jornal “As Beiras” publicou, em tamanho grande, na sua primeira página.

O rapaz ainda tem muito que aprender, mas não há dúvida que arranjou um mestre adequado à sua mentalidade e às suas políticas, e está a seguir as suas pisadas!



Comentários

AHP:

Nem num museu terá lugar este PM de marca branca.

Um abraço e um 2013 melhor do que o estarola nos deseja.
CE

Até quando teremos de aturar o estarola?

Um abraço e um bom 2013, apesar dele!

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