A abulia do PR e os retornados ressentidos
O Presidente da República declarou que não cedia «a pressões» no OE 2013. Seria mais interessante explicar quem as fez ou donde podem vir do que assistir a mais uma inócua declaração que não contribui para a dignidade do mandato, que começou mal e ameaça acabar pior.
No discurso de posse do segundo mandato, o PR mostrou o que pode a vulgaridade e o rancor, mas o País esperava que o sentido de Estado se sobrepusesse ao ressentimento e que o cargo moldasse o homem para funções que, à tangente, o eleitorado lhe confiou.
Mais preocupado com as finanças e as reformas pessoais não se vê em Cavaco um gesto de contrição pelas pessoas impreparadas que ajudou a serem Governo. Foi mais forte o ódio a Sócrates do que a ponderação do perigo dos dois retornados que exercem o poder e, presume-se, controlam os serviços de informação da República.
Enquanto muitos retornados da ex-colónias perceberam que foram vítimas da ditadura e da guerra colonial, tal como nós, outros trouxeram o ressentimento e o ódio à liberdade. Os primeiros integraram-se na democracia e deram valioso contributo ao progresso da pátria comum; os outros trouxeram desejos de vingança e foram os perturbadores que alimentaram o ELP o MDLP e outros terroristas que conspiraram contra a democracia.
A ministra Cristas é apenas mais uma reacionária da escola de Paulo Portas, mas Passos Coelho e Relvas, que em 25 de Abril de 1974 não tinham ainda idade para conspirarem, aparentam ser dessa estirpe para quem tudo o que seja fruto da democracia é a memória de uma data que urge apagar.
A estes retornados que levam Portugal para níveis económicos do terceiro mundo, que o fazem regressar aos tempos do salazarismo, só lhes falta liquidar os direitos, liberdades e garantias que a Constituição consagra. Por isso lhes causa náusea e manifestam tanta pressa em alterá-la! E não desistem, «custe o que custar».
Que lhes interessa a constitucionalidade do orçamento que, depois de estar em vigor, já dificilmente pode ser suspenso? Fazem na prática o que a ministra da Justiça proclama, insistir as vezes que forem precisas na inconstitucionalidade (na lei do enriquecimento ilícito) convicta de que o Tribunal Constitucional acabe por aprovar a iniquidade da lei.
Nunca um presidente, um governo e uma maioria foram o prenúncio de uma calamidade de proporções colossais como a que atualmente nos atormenta. Sabemos que a queda do Governo é uma desgraça, mas a sua manutenção é uma tragédia.
De Luanda a Boliqueime, a democracia não passou por ali. Uns e outro não alimentam a simpatia pela liberdade. E, quanto ao Governo, que lamenta que os reformados tenham feito poucos descontos, abomina sobretudo a longevidade dos atuais reformados.
Ponte Europa / Sorumbático
Comentários
bolas alguns até ajudaram o poligâmico soares quando passou da jamba para o hospital sud africans
e claro que o salazaristão lhes tirou tudo quando acabou,,,,,
acho que mecê sofre de psicose induzida pela leitura das entrevistas do deus grego do pasok português
é um presidente egotista e narcisista como os 5 que o precederam
todos se lixaram para o país como os da 1ªrepública até ao cabeça de abóbora e ao de cenoura...é o que dá eleger vegetaes para presidir uma nação de nabos
resguarde a loja da curiosidade dos profanos irmão....
os retornados tão quase todos mortos e enterrados
ou tão na venezuela que vai dar no mesmo
agora ódio a uma coisa que não existe
excesso de porto no natal faz mal...