A deterioração ética e as juventudes partidárias
Vão maus os tempos para a moderação e o compromisso, embora todos os cenários se adivinhem piores sem eles.
No pós 25 de Abril, as juventudes partidárias começaram por ser escolas de formação cívica e aprendizagem política, onde a generosidade se misturava com a intensa vontade de transformar Portugal, onde se discutiam ideias e o futuro do País. Jovens de ambos os sexos faziam currículo para o serviço público se, acaso, a ele fossem chamados.
A decadência moral alterou os partidos sem que estes, em vez de espelharem a realidade social, a transformassem, e os novos ricos exoneram depressa a ética, esquecendo, ainda mais rapidamente, a origem.
Assim, a formação cívica transformou-se em ambição pessoal e a preocupação com o País em sede de poder, acabando o currículo convertido em cadastro. A fraternidade partidária deu lugar a projetos pessoais de assalto ao poder e de confisco de sinecuras. Passaram a exigir quotas de deputados, benefícios sociais e isenção do Serviço Militar Obrigatório (SMO), uma rara oportunidade para pagar um tributo à Pátria, alargado a ambos os sexos, como instrumento de formação cívica e cimento da coesão nacional.
Há talvez nesta apreciação uma generalização excessiva, injusta para as exceções, em especial para Juventude Comunista, a única que votou contra o fim do SMO, quiçá na previsão de umas Forças Armadas mercenárias cujos problemas financeiros reduzem a uma perigosa caricatura.
Hoje, fica-nos a impressão de que as juventudes partidárias são as madraças onde medra o oportunismo, se aprendem os jogos do poder e se inicia uma carreira política através de conivências obscuras que reúnem bandos de assalto ao poder, convicção que o último Governo acentuou.
Depois da dolorosa experiência governativa em curso, o eleitorado tenderá a privilegiar as pessoas que fizeram currículo extrapartidário, em relação aos que começaram a colar cartazes, passaram por perfis falsos na Internet, se associaram em bandos de malfeitores e acabaram a sobraçar pastas ministeriais.
Nas próximas eleições não devemos confiar o futuro a quem não deu provas no passado.
No pós 25 de Abril, as juventudes partidárias começaram por ser escolas de formação cívica e aprendizagem política, onde a generosidade se misturava com a intensa vontade de transformar Portugal, onde se discutiam ideias e o futuro do País. Jovens de ambos os sexos faziam currículo para o serviço público se, acaso, a ele fossem chamados.
A decadência moral alterou os partidos sem que estes, em vez de espelharem a realidade social, a transformassem, e os novos ricos exoneram depressa a ética, esquecendo, ainda mais rapidamente, a origem.
Assim, a formação cívica transformou-se em ambição pessoal e a preocupação com o País em sede de poder, acabando o currículo convertido em cadastro. A fraternidade partidária deu lugar a projetos pessoais de assalto ao poder e de confisco de sinecuras. Passaram a exigir quotas de deputados, benefícios sociais e isenção do Serviço Militar Obrigatório (SMO), uma rara oportunidade para pagar um tributo à Pátria, alargado a ambos os sexos, como instrumento de formação cívica e cimento da coesão nacional.
Há talvez nesta apreciação uma generalização excessiva, injusta para as exceções, em especial para Juventude Comunista, a única que votou contra o fim do SMO, quiçá na previsão de umas Forças Armadas mercenárias cujos problemas financeiros reduzem a uma perigosa caricatura.
Hoje, fica-nos a impressão de que as juventudes partidárias são as madraças onde medra o oportunismo, se aprendem os jogos do poder e se inicia uma carreira política através de conivências obscuras que reúnem bandos de assalto ao poder, convicção que o último Governo acentuou.
Depois da dolorosa experiência governativa em curso, o eleitorado tenderá a privilegiar as pessoas que fizeram currículo extrapartidário, em relação aos que começaram a colar cartazes, passaram por perfis falsos na Internet, se associaram em bandos de malfeitores e acabaram a sobraçar pastas ministeriais.
Nas próximas eleições não devemos confiar o futuro a quem não deu provas no passado.
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