Falta a Passos Coelho o contraditório de Unamuno
Quem escutou Passos Coelho a falar dos quadros de Miró e da firme decisão de venda, sem a mais leve hesitação ou a menor vergonha, julgou assistir à cerimónia de soldados fascistas, em Salamanca, onde o general franquista Millán Astray gritava: «Muerte a la inteligência!» e «Viva la muerte!».
Com o mesmo discurso insano, carecido de um módico de sensibilidade, só lhe faltou o grito «Viva la muerte», certo de que, no PSD que manda, não existe um PSD que pense. O Governo trata a cultura como o general fascista Millán Astray e já não há nos lugares de decisão quem sequer tenha lido Miguel de Unamuno.
A madraça juvenil do partido ensinou a construir perfis falsos no faceboock, a intrigar, a assaltar o poder, mas não transmitiu um mínimo de cultura, inteligência e patriotismo.
O inenarrável Passos Coelho, fala de arte como Cavaco de “Os Lusíadas”, das obras de Miró como um taberneiro, e do património cultural como o roubo que «outros fizeram», por sinal, a sua gente, ideólogos que levaram o PSD de Sá Carneiro ao pântano moral, intelectual e cultural em que se encontra.
Passos Coelho e os seus sequazes ilustram bem «O sentimento trágico da vida» mas não encontrarão tempo para ler o livro com esse nome escrito pelo grande filósofo que era de direita e nunca seria fascista.
Unamuno morreu de desgosto mas Passos Coelho sobrevive à vergonha. As associações por contraste têm destes paradoxos, juntar o nome de um filósofo humanista e um dos maiores expoentes da cultura mundial com o insignificante adjunto de Paulo Portas para as questões da arte e da cultura.
Perante o despautério das suas afirmações não há quem lhe diga, como Unamuno disse ao ignóbil general fascista, após ter gritado, «abaixo a inteligência!»: «Acabo de ouvir um grito insano e desprovido de sentido. É um grito bárbaro, repugnante».
Com o mesmo discurso insano, carecido de um módico de sensibilidade, só lhe faltou o grito «Viva la muerte», certo de que, no PSD que manda, não existe um PSD que pense. O Governo trata a cultura como o general fascista Millán Astray e já não há nos lugares de decisão quem sequer tenha lido Miguel de Unamuno.
A madraça juvenil do partido ensinou a construir perfis falsos no faceboock, a intrigar, a assaltar o poder, mas não transmitiu um mínimo de cultura, inteligência e patriotismo.
O inenarrável Passos Coelho, fala de arte como Cavaco de “Os Lusíadas”, das obras de Miró como um taberneiro, e do património cultural como o roubo que «outros fizeram», por sinal, a sua gente, ideólogos que levaram o PSD de Sá Carneiro ao pântano moral, intelectual e cultural em que se encontra.
Passos Coelho e os seus sequazes ilustram bem «O sentimento trágico da vida» mas não encontrarão tempo para ler o livro com esse nome escrito pelo grande filósofo que era de direita e nunca seria fascista.
Unamuno morreu de desgosto mas Passos Coelho sobrevive à vergonha. As associações por contraste têm destes paradoxos, juntar o nome de um filósofo humanista e um dos maiores expoentes da cultura mundial com o insignificante adjunto de Paulo Portas para as questões da arte e da cultura.
Perante o despautério das suas afirmações não há quem lhe diga, como Unamuno disse ao ignóbil general fascista, após ter gritado, «abaixo a inteligência!»: «Acabo de ouvir um grito insano e desprovido de sentido. É um grito bárbaro, repugnante».
Comentários
Ontem, a propósito do leilão dos quadros de Miró, ouvimos o Secretário de Estado da Cultura perorar uma espécie de ‘fado da desgraçadinha’.
Barreto Xavier afirmou: “Dizer que a Direita não gosta da Cultura é como dizer que loiras só têm um neurónio” [*]…
Muitos portugueses não conhecem a obra de Miró, outros conhecendo-a não a apreciam e uns poucos não conseguem ultrapassar sobre ela a visão de um ‘bem transaccionável’.
Mas Direita, fiel aos seus 'princípios', e não entrando pela discriminação da cor da melanina capilar, consegue fazer o pleno destas três hipóteses.
Na concepção do ‘gestor cultural’ Barreto o dinheiro não terá cor, nem cheiro, nem pátria. Os ‘gostos culturais’ para a Direita submergem entre destroços de um inultrapassável ‘pragmatismo financeiro’. Os louros [negociais] assentam, deste modo, numa incessante e ‘prioritária’ promoção da ‘cultura do dinheiro’.
A Direita – não tendo uma tonalidade capilar definida - move-se através de único neurónio ‘motor’: o dinheiro!
Um terrível mediador que lhes bloqueia as sinapses e lhe inibe de adquirir a noção de ‘património’, bem como a sua defesa, promoção e conservação.
[*]http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=713513&tm=4&layout=123&visual=61
O senhor barrete faz um despacho "pró-forma" ao arrepio da Lei, não se sabe se por encomenda de alguém, diz que o assunto não é do governo é da Parvalorem (empresa do Estado) e o Amorim vem com a cassete dos males que vieram do passado...Pergunta-se: o que é que esta gente lá está a fazer? Defendem os interesses do país?
Eu não queria acreditar que este filme foi intencional, mas parece; é mais um episódio da tática de guerrilha que vem sendo executada desde que lá estão. Sabendo eles da oposição à venda por parte dos Serviços do Estado com jurisdição sobre o assunto, dos especialistas e peritos ligados à cultura, para além dos partidos de esquerda, forçam o processo para que as coisas fiquem mais negras com o pedido de indemnização de Christie's e que o negócio passe a ser uma inevitabilidade. Quem deve pagar toda a embrulhada, todas as despesas, incluindo comissões, seguros e transportes, com o regresso da Lisboa daquele espólio, deve ser quem fez o despacho ilegal de autorização de venda. E ir para a rua, ele mais os responsáveis pela EP, demonstrada que está a sua total incompetência.
Infelizmente sabemos como tudo isto funciona: para distrair o pessoal, já ontem, a propaganda atacou com força na taxa desemprego. O belenense repetiu, duas vezes para que até os surdos
ouçam a boa nova – “a tendência de descida da taxa de desemprego".