O Islão vai de mal a pior
O Islão entrou em declínio após a última grande potência
islâmica – o Império Otomano – se desmoronar, e atingiu o seu ponto mais baixo
no primeiro quartel do séc. XX com a colonização, pelo Ocidente, de grande
parte do mundo árabe.
O Iraque vive a deceção da pobreza e subdesenvolvimento,
apesar dos amplos recursos energéticos, provocada pela invasão dos novos
Cruzados e, agora, pela violência sunita de um alegado califa, que agravou o medo,
a miséria e a fé.
A tortura usada por forças da coligação que invadiram o
Iraque em 20 de março de 2003 era a nódoa que faltava à alegada superioridade
moral da civilização de que se reclamavam.
Na Turquia, o laicismo imposto por Ataturk, sobre os
escombros do Império Otomano, está em vias de ruir sob a égide do futuro
presidente Erdogan, ingenuamente apelidado de muçulmano moderado.
Os clérigos, em vez de modernizarem o Islão, islamizam a
modernidade num perpétuo retorno ao obscurantismo. Onde o islão comanda a vida
morre-se sob ditadura militar ou sob a violência de Alá.
O imperecível problema da Palestina é mais uma acha na fogueira
do ódio que consome o Médio Oriente. Os sionistas procuram agravar a situação.
Fazem mal tudo aquilo de que são capazes e da pior forma. Por sua vez, o Hamas,
independentemente da razão que lhe asiste, exonera a inteligência da fé que o
move, procura o martírio e só não mata mais porque não pode.
O mundo muçulmano é um barril de pólvora que explode
continuamente, em demente proselitismo e suicídio assassino. O caso mais
paradigmático é talvez o iraquiano. Ali,
derrubou-se uma ditadura laica, apoiada por sunitas, que
oprimia os xiitas, donde surgiu um estado teocrático onde os xiitas oprimiam os
sunitas. Agora, vêm a caminho sunitas que não prescindem de oprimir todos, em
particular, xiitas, e degolam todos os que se lhes opõem a caminho de um novo
califado ou do velho Paraíso.
Deus não é propriamente um entusiasta da democracia e os
clérigos são sempre contra.
Comentários
Esta é a profissão com mais prestígio no médio oriente, e foi elevada à categoria que tem pela política ocidental copiada de Mao; "os inimigos dos meus inimigos são meus amigos".
Os sunitas que agora pretendem tomar Bagdad foram armados pelo ocidente com a promessa de lutarem contra Bashar al-Assad.
A indústria de guerra agradece, tanto a ocidental como a oriental-russa!
Aonde é que eu já vi isto antes?
A RELIGIÃO é só um pormenor.