A Europa, a Alemanha e o “IV Reich”
Concordo com a Sr.ª Merckel ao dizer que os países europeus devem estar preparados para perder soberania. Há muito que defendo a integração europeia, política, económica e social, com harmonia fiscal, diplomacia comum e defesa coletiva, o que não é pacífico entre os europeus. Só desconheço se a chanceler engloba na afirmação a Alemanha, cuja reunificação foi benevolência de vencedores, e se a vontade democrática dos povos que a habitam é tida em conta.
O pré-acordo com a Grécia, embora admita a reestruturação da dívida, uma necessidade comum a toda a União Europeia, foi um acordo firmado sob o sequestro do povo grego, com Tsipras a ver as imagens do seu país sem comida, medicamentos ou alternativa. Foi um acordo apoiado em métodos da Inquisição para a obtenção de provas de heresia.
O Sr. Wolfgang Schäuble provou que não desdenha o “IV Reich” e que a destruição do Syriza e a expulsão da Grécia da zona euro e da UE eram o seu objetivo. O primeiro já o conseguiu e o segundo está em curso com um único percalço, a União Europeia e a sua moeda não sobrevivem ao naufrágio grego. O implacável ministro alemão das Finanças sabe de números mas esquece a história do seu país e desconhece a alma dos povos que são filhos da cultura helénica e herdeiros do Iluminismo e da Revolução Francesa.
Os ministros que se põem de cócoras ou pousam a seu lado, para o álbum da ignomínia, são seus cúmplices na destruição da Europa, ontem sob as botas cardadas, agora sob as regras que impõe aos outros e não cumpre, à revelia de qualquer escrutínio democrático.
Há um clamor entre os europeus, que não exoneraram a ética e a solidariedade dos seus sentimentos, que acaba virado contra a Alemanha e a impedirá do devaneio hegemónico e do despertar dos demónios que ciclicamente ressuscita para atormentar a Europa.
Se os alicerces do IV Reich já foram lançados é o novo holocausto que se aproxima.
O pré-acordo com a Grécia, embora admita a reestruturação da dívida, uma necessidade comum a toda a União Europeia, foi um acordo firmado sob o sequestro do povo grego, com Tsipras a ver as imagens do seu país sem comida, medicamentos ou alternativa. Foi um acordo apoiado em métodos da Inquisição para a obtenção de provas de heresia.
O Sr. Wolfgang Schäuble provou que não desdenha o “IV Reich” e que a destruição do Syriza e a expulsão da Grécia da zona euro e da UE eram o seu objetivo. O primeiro já o conseguiu e o segundo está em curso com um único percalço, a União Europeia e a sua moeda não sobrevivem ao naufrágio grego. O implacável ministro alemão das Finanças sabe de números mas esquece a história do seu país e desconhece a alma dos povos que são filhos da cultura helénica e herdeiros do Iluminismo e da Revolução Francesa.
Os ministros que se põem de cócoras ou pousam a seu lado, para o álbum da ignomínia, são seus cúmplices na destruição da Europa, ontem sob as botas cardadas, agora sob as regras que impõe aos outros e não cumpre, à revelia de qualquer escrutínio democrático.
Há um clamor entre os europeus, que não exoneraram a ética e a solidariedade dos seus sentimentos, que acaba virado contra a Alemanha e a impedirá do devaneio hegemónico e do despertar dos demónios que ciclicamente ressuscita para atormentar a Europa.
Se os alicerces do IV Reich já foram lançados é o novo holocausto que se aproxima.
Ponte Europa / Sorumbático
Comentários
A Alemanha é demasiado grande para a Europa e muito pequena a nível mundial.
As consequências desta dismetria não tardarão a revelar-se.