Quando…a falta de memória nos bate à porta
Quando sabíamos que a Pide fora uma associação criminosa, houve um PM que, “tendo em conta os altos e assinalados serviços prestados à Pátria”, decidiu “conceder o direito à pensão por serviços excecionais e relevantes prestados ao país”, a celerados que foram inspetores da sinistra instituição.
Quando julgávamos que a cumplicidade desse PM no seu último mandato (27-3-92) era a mancha que o impediria de prosseguir a carreira política, quiseram Marcelo Rebelo de Sousa, Durão Barroso e Ricardo Salgado, em casa do último, ungi-lo como candidato a PR, dez anos depois. E foi PR durante dez longos e tenebrosos anos.
Quando quisemos esquecer os crimes da ditadura, os assassinatos, a violência policial e a funesta aventura da guerra colonial, deixámos chegar aos mais altos postos do Estado os filhos dos simpatizantes, dos cúmplices e dos próprios ministros da ditadura.
Quando lembrarmos a incúria na vigilância cívica, não teremos sequer direito a queixar-nos. Nem o merecemos. Salazar não precisou de ter filhos.
Quando julgávamos que a cumplicidade desse PM no seu último mandato (27-3-92) era a mancha que o impediria de prosseguir a carreira política, quiseram Marcelo Rebelo de Sousa, Durão Barroso e Ricardo Salgado, em casa do último, ungi-lo como candidato a PR, dez anos depois. E foi PR durante dez longos e tenebrosos anos.
Quando quisemos esquecer os crimes da ditadura, os assassinatos, a violência policial e a funesta aventura da guerra colonial, deixámos chegar aos mais altos postos do Estado os filhos dos simpatizantes, dos cúmplices e dos próprios ministros da ditadura.
Quando lembrarmos a incúria na vigilância cívica, não teremos sequer direito a queixar-nos. Nem o merecemos. Salazar não precisou de ter filhos.
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ana