31 de Janeiro de 1891
Há 125 anos, no Porto, com a banda da Guarda Fiscal à
frente, sargentos e soldados republicanos, a que se juntaram três oficiais,
avançaram ao som de «A Portuguesa» e assaltaram o antigo edifício da Câmara do
Porto.
Foi da varanda desse edifício que, perante o entusiasmo da
população, se ouviu o discurso de um dos
lideres civis da revolta, Alves da Veiga, a proclamar a República.
É essa data heroica de uma revolução sufocada que hoje, neste
mural, se evoca com a imagem que a documenta. Passariam quase duas décadas para
que os vassalos se tornassem cidadãos.
Viva a República!
Comentários
Ainda mais marginal será constatar que as sessões dessa Liga tiveram lugar no Ateneu Comercial do Porto instituição que, no seguimento de uma profunda indignação popular, viria a aprovar um 'boicote' contra a Inglaterra, face ao vergonhoso Ultimatum.
Na altura, Antero escreveu: "O nosso maior inimigo não é o inglês, somos nós mesmos. Só um falso patriotismo, falso e criminosamente vaidoso, pode afirmar o contrário. Declamar contra a Inglaterra é fácil, emendarmos os defeitos da nossa vida nacional será mais difícil, mas só essa desforra será honrosa, só ela será salvadora"...(Jornal da Provincia, 26.01.1890).
Quanto actuais são estas palavras. Basta só alterar protagonistas de acordo com os tempos e as 'rotações imperialistas' europeias.