Mário Centeno lamenta a situação na Alemanha

Mário Centeno, "sabe que Alemanha tem de fazer tudo ao seu alcance para contrariar as inseguranças nos mercados financeiros". A Alemanha “deve estar ciente de que pode perturbar os mercados se der a impressão de que está a insistir no caminho percorrido, o que será muito delicado para a Europa”.

O Deutsch Bank tem uma exposição no mercado de derivados equivalente ao quíntuplo do PIB da zona euro e mantém 20% do valor em bolsa, quando da falência do Lehman Brothers. Wolfgang Schäuble precisa de fazer mais do que garantir a solidez do banco.

A queda das bolsas mundiais, na sequência de rumores sobre a insolvência do Deutsch Bank é má para a Alemanha e para a Europa. Os mercados estão agitados e isso não é bom para a estabilidade financeira mundial.
A Alemanha devia voltar ao caminho percorrido pelo governo do chanceler Schröder, esquecido o mau exemplo da sua saída da chancelaria para os negócios.

Mário Centeno pensa que se deve continuar a encorajar firmemente o colega alemão a não se desviar do caminho da ética política e financeira, mas, para não ser acusado de ingerência nos assuntos internos da Alemanha e para não prejudicar a imagem de um país da União Europeia, respeita o voto dos alemães e remete-se ao silêncio.
Apesar de solicitado evita fazer qualquer declaração que agite os mercados e prejudique os interesses alemães ou alimente a germanofobia.

A contensão e sentido de Estado do ministro das Finanças português é um exemplo para todos os democratas e europeístas.

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