OE-2016 e os segmentos circulares da oposição
Depois de uma funesta governação, cuja herança legou o Banco Novo, o Banif, as privatizações apressadas e as nomeações de amigos, nunca a oposição levou tão longe o ódio e o desespero, a raiva e a vingança, a intriga e a chantagem contra o novo arco da governação.
Com o PR aturdido, a promulgar as leis que a vocação beata e o rancor à oposição revoltam, os partidos do anterior governo pedalam bicicletas diferentes a intimidar o eleitorado, não se dê o caso de resultar um Orçamento diferente de um PM que tem da política, da democracia e da dedicação à República um currículo que os envergonha.
O ressentimento levou o PSD e o CDS a fazerem coro com as agências de rating, a pressionar os comissários de Bruxelas, a invadir os órgãos de comunicação social com os independentes do costume a comentarem da forma mais demolidora um OE patriótico e, no mínimo, mais credível do que os quatro orçamentos anteriores.
Toda e qualquer dificuldade suplementar que neutralizasse os esforços patrióticos do Governo para dar uma folga ao sofrimento dos portugueses foi vista por esta direita, confiscada pelos setores mais extremistas, como uma vitória dos seus adversários à qual os interesses nacionais deviam ser sacrificados.
Foi pungente ver a patética intervenção do presidente do PPE, o alemão Manfred Weber, a tentar convencer os deputados do Parlamento Europeu de que no governo de Lisboa está um bando de extremistas antieuropeus e, na apoteose da demência partidária, ver Paulo Rangel a solidarizar-se com quem levou o recado para que a chantagem possível fosse exercida contra Portugal.
Foi esta gente que capturou o PSD e o CDS. A União Europeia, à deriva, sem respeito pelo voto dos países que a integram, só aceita a extrema-direita como alternativa à direita, mas cava a sepultura de um projeto generoso e devolve o espaço europeu aos nacionalismos agressivos sedentos de novas aventuras totalitárias.
Com o PR aturdido, a promulgar as leis que a vocação beata e o rancor à oposição revoltam, os partidos do anterior governo pedalam bicicletas diferentes a intimidar o eleitorado, não se dê o caso de resultar um Orçamento diferente de um PM que tem da política, da democracia e da dedicação à República um currículo que os envergonha.
O ressentimento levou o PSD e o CDS a fazerem coro com as agências de rating, a pressionar os comissários de Bruxelas, a invadir os órgãos de comunicação social com os independentes do costume a comentarem da forma mais demolidora um OE patriótico e, no mínimo, mais credível do que os quatro orçamentos anteriores.
Toda e qualquer dificuldade suplementar que neutralizasse os esforços patrióticos do Governo para dar uma folga ao sofrimento dos portugueses foi vista por esta direita, confiscada pelos setores mais extremistas, como uma vitória dos seus adversários à qual os interesses nacionais deviam ser sacrificados.
Foi pungente ver a patética intervenção do presidente do PPE, o alemão Manfred Weber, a tentar convencer os deputados do Parlamento Europeu de que no governo de Lisboa está um bando de extremistas antieuropeus e, na apoteose da demência partidária, ver Paulo Rangel a solidarizar-se com quem levou o recado para que a chantagem possível fosse exercida contra Portugal.
Foi esta gente que capturou o PSD e o CDS. A União Europeia, à deriva, sem respeito pelo voto dos países que a integram, só aceita a extrema-direita como alternativa à direita, mas cava a sepultura de um projeto generoso e devolve o espaço europeu aos nacionalismos agressivos sedentos de novas aventuras totalitárias.
Comentários
Mais uma vez insistem na tecla da 'rigidez do mercado de trabalho' passando uma esponja sobre o ataque que durante mais de 4 anos, atiçaram neste terreno.
A dita 'missão de acompanhamento' continua agarrada à ideia de que a competitividade no nosso País está correlacionada com o fator trabalho. Esta é - para os ditos senhores - uma 'verdade incontestável' quando, na verdade, é uma medida de grande impacto social (a volatilidade do emprego influencia a produtividade) e com reduzida influência na economia real.
Para os ditos técnicos e mandatários dos 'credores' é preciso intensificar a todo o vapor a redução do défice e da dívida de modo a que os mercados rececionem, no mais curto espaço de tempo, as espoliações possíveis e, como sabem, finitas.
Nada de importante, ou de útil é dito sobre a supervisão e regulação do sector financeiro que efetivamente depende do controlo de Frankfurt e está sujeito a regras europeias que são violentamente impostas à margem de qualquer auscultação nacional. Facto que é compreensível já que a dita 'inspeção' integra um membro do BCE e não iria esgrimir contra o seu próprio baluarte.
A 'inspecção da troika' deve achar que os bancos são supérfluos no reequilíbrio financeiro e económico. Tanto mais supérfluos quanto é verdade que desde o início da crise financeira tem sido - para os contribuintes - um vê se te avias em esquemas de 'resolução'. Não ouvimos nenhuma denúncia sobre a 'bandalheira' que se colou ao sistema financeiro que tem originado resgate atrás de resgate.
Enquanto existirem 'pagadores de promessas' o negócio vai de vento em popa. É este o lema: o negócio. E a política tornou-se subversiva (provavelmente por culpa da esquerda).
Tudo isto para constatar que as críticas e oposições que a direita teceu ao OE 2016 são sobreponíveis aos 'recados' da troika. Ao fim e ao cabo compreendemos que o fim da intervenção externa foi substituído pela implantação de uma troika interna que presta contas ao PPE ou mais diretamente aos seus (suas) dirigentes em Bruxelas, Frankfurt, Berlim, etc.
Isto é, estamos em presença de uma 'saída suja', diria mesmo, badalhoca. Todos sabemos que não é saudável, nem viável, sobreviver numa infindável 'badalhoquice'...