Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
Durou pouco mais de 1 mês a sua contenção. Daqui para a frente vai se um vê se te avias.
Começa a ser notório que não interessam eleições, planos orçamentais, estímulos ao crescimento, apoio ao emprego, etc.. Nada parece possível fazer com o Sr. Schauble no sítio onde está (colado aos mercados e sendo o seu alter ego). Logo, as prioridades políticas devem ser ajustadas a esta aberração democrática.
Estamos, por assim dizer, de regresso ao século XIX e aos tempos da Prússia. Sabemos - por a História nos ensina - como decorreu essa experiência de dominação.
Estamos a revisitar o mesmo caminho.