Viseu - Agressão ao padre
Foto: Diário as Beiras
Mahatma Gandhi, se era empurrado e derrubado por um contínuo de Sua Majestade nas escadas de um palácio indiano, erguia-se cheio de pena pela humilhação que o agressor tinha sofrido, mas Gandhi era um homem singular e uma figura ímpar do século XX.
Na nossa cultura a humilhação é da vítima, o algoz é o herói, seja a vítima um velho, o ser isolado entre a multidão que ulula ou um padecente perante a canalha que lhe atira pedras e insultos.
Do coice da besta ou da selvajaria de um primário ninguém está livre. O padre Manuel Barranha, agredido e escorraçado em Pindelo de Silgueiros, foi a vítima da boçalidade que avança sem que a censura da opinião pública se exerça. Cercar um padre ou outro cidadão com a ajuda de outros primatas, insultá-lo e agredi-lo dá direito aos cinco minutos de fama, à fotografia do jornal ou à entrevista televisiva e, raramente, a uns dias de enxovia.
A sensatez foi exonerada da opinião pública e a força física recuperou o prestígio do tempo da pedra lascada. Quanto mais frágil for a vítima mais prestígio assume o algoz. E não há quem faça vingar a urbanidade sobre os instintos primários nem a delicadeza dos modos sobre a rudeza dos instintos.
O caso da obscura aldeia, independentemente dos motivos, é o paradigma de um país rude, numa zona selvagem com gente primária e mal-educada.
A fachada da capela, sem janelas e com altifalante, é a imagem certa da aldeia onde não entra o ar da civilização e donde só saem ruídos.
Na nossa cultura a humilhação é da vítima, o algoz é o herói, seja a vítima um velho, o ser isolado entre a multidão que ulula ou um padecente perante a canalha que lhe atira pedras e insultos.
Do coice da besta ou da selvajaria de um primário ninguém está livre. O padre Manuel Barranha, agredido e escorraçado em Pindelo de Silgueiros, foi a vítima da boçalidade que avança sem que a censura da opinião pública se exerça. Cercar um padre ou outro cidadão com a ajuda de outros primatas, insultá-lo e agredi-lo dá direito aos cinco minutos de fama, à fotografia do jornal ou à entrevista televisiva e, raramente, a uns dias de enxovia.
A sensatez foi exonerada da opinião pública e a força física recuperou o prestígio do tempo da pedra lascada. Quanto mais frágil for a vítima mais prestígio assume o algoz. E não há quem faça vingar a urbanidade sobre os instintos primários nem a delicadeza dos modos sobre a rudeza dos instintos.
O caso da obscura aldeia, independentemente dos motivos, é o paradigma de um país rude, numa zona selvagem com gente primária e mal-educada.
A fachada da capela, sem janelas e com altifalante, é a imagem certa da aldeia onde não entra o ar da civilização e donde só saem ruídos.
Comentários
Já sei... O PSD é o culpado...
Os tempos mudaram, a Democracia surgiu, e os Padres têm de se habituar a que os problemas são colectivos. Eles fazem parte da Comunidade.