Ramalho Eanes referiu como trágica a descolonização em que «milhares de pessoas foram obrigadas a partir para um país que não era o seu». Tem razão o ex-PR cujo papel importante na democracia e o silêncio o agigantou depois da infeliz aventura por interposta esposa na criação do PRD e da adesão à Opus Dei, sempre por intermédio da devota e reacionaríssima consorte, que devolveu o agnóstico ao redil da Igreja. Eanes distinguiu-se no 25 de novembro, como Dinis de Almeida no 11 de março, ambos em obediência à cadeia de comando: Costa Gomes/Conselho da Revolução . Foi sob as ordens de Costa Gomes e de Vasco Lourenço, então governador militar de Lisboa, que, nesse dia, comandou no terreno as tropas da RML. Mereceu, por isso, ser candidato a PR indigitado pelo grupo dos 9 e apoiado pelo PS que, bem ou mal, foi o partido que promoveu a manifestação da Fonte Luminosa, atrás da qual se esconderam o PSD e o CDS. Foi nele que votei contra o patibular candidato do PSD/CDS, o general Soares...
Comentários
falar de socialismo na China, hoje ou no passado, é uma ingenuidade inesperada e surpreendente.
O capitalismo não vai avançar em breve, porque já avançou há muito.
E a maior contradição chinesa é vermos o exército vermelho chinês a manter na linha a força de trabalho chinesa, e a servir de cão de guarda aos patrões ocidentais.
Curiosamente, isso permite ao mesmos patrões ocidentais pôr na ordem a força de trabalho ocidental. Reduzindo-a ao medo, tirando-lhe direitos de um século de lutas. A globalização e a deslocalização é no que dão.
Claro que esse mundo absurdo não durará muito. Mas entretanto folgam as costas e sobem os lucros.
Até estranho não terem sido abatidos!
Viva a democracia!