Navegando por este rio...














FIM DO IMPÉRIO

As caravelas já não sobem o rio.
Afundaram-se nas brumas do Império
talhado no mapa da pimenta,
do ouro, do cravo
e do negro escravo…
O oceano abriu-se a novas gentes
vindas de fronteiras longínquas e incertas
a percorrer trilhos inversos
presos à fome dos novos caminhos…
Sem medo dos Gamas, Almeidas, Mouzinhos
e Albuquerques
descobrem abrigos de esperança
obedecendo aos solavancos da sorte…
Trazem a dor espetada na alma e no corpo
e nos olhos, esbugalhados de espanto,
o mundo todo…

Alexandre de Castro - Ourém, Janeiro de 2007

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