CDS acima de qualquer suspeita
Cerca de quatro mil recibos com que o CDS-PP justifica o depósito de um milhão de euros na sua conta, em Dezembro de 2004, só foram impressos no final de Janeiro de 2005, numa tipografia dos arredores de Lisboa.
Só nos meses seguintes, dois funcionários do CDS, que estão entre os 14 arguidos no inquérito-crime "Portucale", haveriam de preenchê-los com nomes que, na esmagadora maioria dos casos, não permitiram à PJ identificar os alegados doadores.
Comentários
É que a maioria é dessa cada vez mais ilustre família - que nada tem com a da Ramires. Issoera pessoal do atum.
É definitivamente hilariante! A falta de imaginação que a corrupção acarreta.
Era muito mais fácil pôr um computador a sortear nomes. No entanto corriam o risco de acertar num nome verdadeiro e que não tivesse contribuido para a causa. Depois era fraude, e assim não será!
Bom o qué certo é que o militante que preencheu o recibo ou tinha 6 anos ou é pouco inteligente.
Foi aos meus 6 anos que aprendi este trocadilho, sim o do nome que levantou suspeita, ora reparem.
Jacinto Leite Capelo Rego
Ora sem querer ser apocalíptico Leiam assim:
Ja/Cinto/Leite/Ca/Pelo/Rego.
Embora com erro de ortografia na segunda palavra, a homofonia encarrega-se de lhe dar sentido.
É sem dúvida pouco imaginativo, fraudulento e ilustra o tipo de expediente que se usam para financiar os partidos.
Uma coisa me preocupa. Só se descobre quando é demasiado evidente e só se culpa pelo inquestionávelmente provado.
O icebergue é grande mas muito denso...
pedia ao Ponte Europa o favor de esclarecer os seus leitores também sobre este caso
Entre os nomes falsos utilizados pelos funcionários do partido (dois dos quais foram constituídos arguidos pelo crime de branqueamento de capitais) está o de Jacinto Leite Capelo Rego, um alegado benemérito que terá dado ao partido 600 euros…
A PJ aprofundou as investigações nos últimos dois meses, o que coincidiu com a queda da Câmara de Lisboa. O relatório, com mais de 300 páginas, foi entregue ao Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) sem qualquer indicação de acusação e com a referência de que a polícia não teve qualquer influência na condução da investigação.
Reina alguma perplexidade entre os investigadores sobre o facto de, sendo o despacho que autorizou o Grupo Espírito Santo (GES) a arrancar os sobreiros na Herdade da Vargem Fresca em Benavente assinado por três ministros, só um (Costa Neves à data ministro da Agricultura) tenha até ao momento sido constituído arguido.
Miguel A. Ganhão
2007-06-16 – Correio da Manhã . 19:18:00
Causa admiração é ver que ainda há pessoas que se escandalizam com isso: «O país está a ser governado por uma cambada de vigaristas...»
Além de não ter 'comprado' licenciatura nenhuma, ao PM poderá ter servido o regime promíscuo e irresponsável no funcionamento das universidades, particularmente algumas privadas.
Eu até acho que serviu a muito mais figurões do que apenas ao PM, mas não foi ele que inventou e apadrinhou essa bagunça. Outros o fizeram, nos tempos da euforia do oásis e do sucesso, não foi ele.
Não venha confundir a merda com ervilhas de cheiro, como diz o outro. No caso dos sobreiros, o que parece haver (a justiça o dirá), é clara corrupção. É comprar por um milhão, três assinaturas num despacho que abre a porta ao negócio. Quatro dias antes das eleições, já de saída. O resto é manobra contabilística. Recibos saídos da tipografia em 95, passados a beneméritos de 94, sem Nº de contribuinte, com nomes de anedota... A legalidade disto cheira mal à distância. E alguém acredita que o tal partido consegue juntar um milhão de donativos, mesmo que faça quermesses em todas as paróquias?
Isso para mal de nós, que bem precisávamos de gente decente e políticos sérios.
Ataquem-se as vigarices do cônsul brasileiro, levem-se ao tribunal e condenem-se. Mas não se venha, mais uma vez, embrulhar tudo, e passar o giz na ardósia, por uma questão de poder. Que é o que a direita anda a fazer, à falta de saber fazer melhor.
depois admiram-se com os jacintos.
à mulher de César não basta ser séria.