Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
Comentários
Em contrapartida a escolha da Ota não se baseava em nada e por isso não podia ser discutida.
Quem achar que os financiadores afectaram a independência do estudo pode apontar as deficiências técnicas do mesmo.
Só me surpreende que 4 Governos tenham estado de acordo com a OTA e, depois da decisão, desde Marques Mendes ao PR, passando pelos beneméritos filantropos da CIP, sejam tantos a contestá-la.
Mas, de facto, nada percebo de aeroportos. Só como passageiro.
A mim não me surpreende nada. Dois desses governos são do mesmo PS. Os dois do PSD que passaram pelo meio tiveram outras coisas em que pensar e também não fizeram nada pelo novo aeroporto, fosse lá onde fosse. Claro que deveriam ter analisado a questão com cuidado, mas como não tencionavam avançar é normal que isso não fosse um problema.
Quanto a perceber de aeroportos eu também não percebia nada. Mas a discussão tem sido suficientemente rica para se ir aprendendo alguma coisa. Continuo a não ser especialista mas penso que estou em melhor posição para avaliar as decisões de deputados e governos sobre o assunto.
Transparência? em nome de, nunca, porque este processo assim conduzido está muito opaco.