Governo e adversários medrosos
Pasmo com alguns comentários deixados no Ponte Europa por anónimos justiceiros e corajosos democratas na clandestinidade.
Antigamente era perigoso combater o Governo, hoje é incómodo apoiá-lo. Então era a prisão e a tortura que se abatiam sobre os adversários, hoje é o insulto e a calúnia que zurzem os meros suspeitos de serem correligionários.
Antes do 25 de Abril temiam-se os informadores, agora aturam-se os anónimos, filhos dos bufos e inimigos da democracia, incapazes de suportarem os resultados eleitorais.
Permanecem a miséria intelectual, a pusilanimidade de atirar a pedra e esconder a mão e a subserviência de tirar o chapéu para procurar um empenho e viver do expediente.
A coragem cívica de dar a cara e abraçar causas é privilégio de poucos. Há os filhos e a profissão, o padrinho, o gerente, o patrão e muitos outros que não convém aborrecer.
Os adversários são venais, pedófilos, ignorantes, crápulas e gatunos. Os correligionários são imaculados, generosos e incorruptíveis.
Quem não consegue escrever uma frase sem erros, julga-se intelectual por chamar besta a um ministro, sob anonimato, na caixa de comentários de um blog.
É desta massa de invertebrados, incapazes de apoiarem uma greve, receosos de saírem à rua no 1.º de Maio, cuja política – afirmam – é o trabalho, é desta horda de homúnculos que depende o futuro do País.
Muitos vivem como podem e raros vivem como devem.
Quem vive como quer, despreza os que nunca quiseram correr riscos e acredita cada vez mais que é bem pior o País que somos do que o Governo que temos.
Antigamente era perigoso combater o Governo, hoje é incómodo apoiá-lo. Então era a prisão e a tortura que se abatiam sobre os adversários, hoje é o insulto e a calúnia que zurzem os meros suspeitos de serem correligionários.
Antes do 25 de Abril temiam-se os informadores, agora aturam-se os anónimos, filhos dos bufos e inimigos da democracia, incapazes de suportarem os resultados eleitorais.
Permanecem a miséria intelectual, a pusilanimidade de atirar a pedra e esconder a mão e a subserviência de tirar o chapéu para procurar um empenho e viver do expediente.
A coragem cívica de dar a cara e abraçar causas é privilégio de poucos. Há os filhos e a profissão, o padrinho, o gerente, o patrão e muitos outros que não convém aborrecer.
Os adversários são venais, pedófilos, ignorantes, crápulas e gatunos. Os correligionários são imaculados, generosos e incorruptíveis.
Quem não consegue escrever uma frase sem erros, julga-se intelectual por chamar besta a um ministro, sob anonimato, na caixa de comentários de um blog.
É desta massa de invertebrados, incapazes de apoiarem uma greve, receosos de saírem à rua no 1.º de Maio, cuja política – afirmam – é o trabalho, é desta horda de homúnculos que depende o futuro do País.
Muitos vivem como podem e raros vivem como devem.
Quem vive como quer, despreza os que nunca quiseram correr riscos e acredita cada vez mais que é bem pior o País que somos do que o Governo que temos.
Comentários
Eis um Carlos Esperança em grande forma e com a coragem de quem nada deve nem teme.
Um abraço
"… Parece que o ser humano tem medo de ser livre. Ele quer um pai no céu, pelo menos para ouvir as queixas e as orações. Ele precisa de ter um pai no céu, como um Deus, para tomar conta dele. Sem um Deus no céu, ele sente-se como uma criança perdida. Psicologicamente, é uma fixação no pai …"
"… Milhares de anos de muitos géneros de escravatura fizeram de si alguém com muito medo de ser livre - que é o seu direito por nascimento e sua derradeira felicidade. Os seus templos e sinagogas e mesquitas e igrejas não são símbolos de liberdade, são símbolos da sua escravatura, dos seus tiranos mortais. Mas mesmo as pessoas inteligentes continuam a fazer o mesmo. A cegueira do ser humano parece ser ilimitada."
Osho, pensador indiano, no seu livro "Liberdade - A coragem de ser genuíno".
Foi o que pensei durante muitos anos. Hoje nem sei se não vem de muito mais longe. Pela literatura antiga se compreende que nos séculos passados a pobreza de ideal se fazia sentir.
Somos um povo maldito, nesta Europa, pois se todos os povos têem os seus pobres de espírito construtivo, é geralmente uma minoria.
Gostei imenso do seu post que como é hábito nos ajuda a crescer mesmo quando as ideias diferem.
Obrigado Senhor Esperança.
Nunca removo nem respondo a comentários indignos que também infelizmente recebo no meu humilíssimo blogue.
Só fico triste (humanamente triste) por haver (cada vez mais?) seres humanos portugueses que provavelmente nunca chegarão a ser CIDADÃOS, ou dignos desse nome. Ficam-se por criaturas.
É triste.
Obrigada pelo post e pelos comentários (até agora)...
A blogosfera veio expor ao Mundo uma catrefada de internautas que viviam, enquanto pessoas, enclausurados no seu ego, parasitando-o.
Raramente se mostram em público. Mas, a verdade é que existem. Com nome, ou sem nome, não interessa. Mas sempre com atitudes e comportamentos.
São reais e, exibindo-se aqui e acolá, permitem-nos conhecer o "espaço português". E compreender porque estamos - para durar - nesta encruzilhada histórica e cultural.
Sempre cultivamos a lenda (agora as veleidades) dos embuçados...
Um dia libertar-se-ão destas condicionantes e, paulatinamente, integrarão a matriz identitária deste povo. É este o processo histórico.
ah ah ah aha ha ha ha
que palhaçada de texto...