H. C. U- C. – Hospital Católico da Universidade de Coimbra
Os Hospitais da Universidade de Coimbra tinham no projecto de construção um espaço destinado a crentes e não crentes onde, nas horas de tristeza, pudessem recolher-se para meditar ou rezar.
Era um espaço amplo, sem símbolos religiosos. A Igreja católica começou por colocar a cruz, depois o patrono do hospital e finalmente a iconografia habitual. Uma Senhora de Fátima, de grandes dimensões, numa peanha lembra aos cristãos que ali é um espaço exclusivamente católico.
Há sessenta cadeiras e genuflexórios e, nos anexos, dois capelães têm os seus gabinetes. O vencimento dos capelães católicos é equivalente ao dos chefes de clínica - grau mais elevado da carreira médica. São médicos das almas que atingiram o grau máximo sem concursos, sujeição a vagas ou competição com o clero de outras religiões.
À entrada da capela estão quatro grupos de publicações religiosas:
1 - Folheto da Capelania cujo verso se reproduz;
2 - Um folheto A8, com a história em casa de Simão, onde Jesus teve um encontro casto com uma mulher impura, e que termina com «cânticos»;
3 - O «Correio de Coimbra» onde o bispo resignatário de Aveiro, António Marcelino, publica um artigo sob o título: «Teremos ainda Portugal por muito tempo»?
4 - O Amigo do Povo cujo artigo principal «À sombra do castanheiro» é um ataque ao primeiro-ministro e uma tentativa de humor com o percurso académico de Sócrates cujo nome nunca é referido.
Consta que foi contratada mais uma freira para os serviços religiosos. Palpita-me que é mais um encargo com as almas à custa do orçamento.
Resta perguntar se isto é admissível num Estado laico e se esta forma de proceder não choca os católicos que são vítimas de injustiças e perseguições onde são minoritários.
Onde são maioritários comportam-se como se vê.
Era um espaço amplo, sem símbolos religiosos. A Igreja católica começou por colocar a cruz, depois o patrono do hospital e finalmente a iconografia habitual. Uma Senhora de Fátima, de grandes dimensões, numa peanha lembra aos cristãos que ali é um espaço exclusivamente católico.
Há sessenta cadeiras e genuflexórios e, nos anexos, dois capelães têm os seus gabinetes. O vencimento dos capelães católicos é equivalente ao dos chefes de clínica - grau mais elevado da carreira médica. São médicos das almas que atingiram o grau máximo sem concursos, sujeição a vagas ou competição com o clero de outras religiões.
À entrada da capela estão quatro grupos de publicações religiosas:
1 - Folheto da Capelania cujo verso se reproduz;
2 - Um folheto A8, com a história em casa de Simão, onde Jesus teve um encontro casto com uma mulher impura, e que termina com «cânticos»;
3 - O «Correio de Coimbra» onde o bispo resignatário de Aveiro, António Marcelino, publica um artigo sob o título: «Teremos ainda Portugal por muito tempo»?
4 - O Amigo do Povo cujo artigo principal «À sombra do castanheiro» é um ataque ao primeiro-ministro e uma tentativa de humor com o percurso académico de Sócrates cujo nome nunca é referido.
Consta que foi contratada mais uma freira para os serviços religiosos. Palpita-me que é mais um encargo com as almas à custa do orçamento.
Resta perguntar se isto é admissível num Estado laico e se esta forma de proceder não choca os católicos que são vítimas de injustiças e perseguições onde são minoritários.
Onde são maioritários comportam-se como se vê.
Comentários
Auto-ilusão... A maior força da crença e do ego dos homens.
Depois, segue-se o proselitismo.
Como os abutres pairam sobre os entes fragilizados...
O 5 de Outubro ainda não chegou pelos vistos...
Uma capela num hospital, onde é que isto já se viu? E os pobres ignorantes que lá vão? coitadinhos...
Se há uma capela tb temde haver uma mesquita, por exemplo. também acho vergonhoso que os folhetos dos hospitais estejam só escritos em portugues. No outro dia o meu primo que é chines não se conseguiu orientat. Olha! Os filmes tambem deviam ser legendados em criolo...
Um óasis de bom senso num deserto onde (ainda) falta muito Deus.
Leiam (sem ser Saramago!) e evoluam!