Eles sabem porquê


Comentários

e-pá! disse…
As indumentárias tradicionais, seja qual for a sua origem, religiosa, popular-laboral, etc., ainda persistentes, neste Mundo em acelerada globalização, pouco tempo resistirão.
Só imposições repressivas, como se pode constatar em Países Islâmicos, poderão fazer "retardar" este processo, mas não o impedirão.
Estas vestimentas tradicionais vão acabar por ficar reservadas para cerimónias protocolares, situações especiais, o que não me repugna. São parte integrante da identidade cultural. Hoje, isso existe, em todo o Mundo, incorporado no folclore tradicional.

Aliás, Caro Esperança, dava uma linda crónica historiar o que "está acontecendo", por cá, com a capa mirandesa...o capote alentejano...
Anónimo disse…
e-pá:

Em sociedades abertas os símbolos duram pouco e substituem-se.

Em sociedades teocráticas, onde a violência institucional se perpetua, as coisas não se passam assim.

Persistem os estigmas e, sobretudo, a subordinação da mulher que é propriedade do homem.
e-pá! disse…
CE:

Apesar de tudo - e este tudo como sabemos é a imensa diferença- penso que, mesmo nas sociedades teocráticas, onde a submissão é a regra imposta, o "rasgar" do véu tornou-se irreversível.

Por outro lado, também tenho a noção que este caminho, paulativamente trilhado, será recheado de precalços e violências.
Anónimo disse…
Infelizmente, a proibição do véu é a única maneira de salvaguardar a liberdade de não usar véu.É que o véu não é usado pelas filhas dos muçulmanos por opção própria:é-lhes IMPOSTO por pais, irmãos, avós,e todo o resto da "tribo".
Anónimo disse…
ahp:

É exactamente isso que há muito tempo tento transmitir e que muito poucos aceitam como realidade.
e-pá! disse…
CE e ahp:

A proibição do véu não deve ser uma medida isolada, embora possa ajudar a exercer a liberdade de não usar o dito (véu).

Esta questão do véu (mais visível) está entrosada num amplo campo de liberdades que atinge, particularmente, o mundo feminino islâmico.

Existirá, a exemplo da nossa cultura, alguma réstea de um "feminismo islâmico"?

Ou, quando pensamos no estatuto familiar da poligamia patriarcal, na violência selectiva (pública e doméstica) contra as mulheres, na incapacidade prática de usar a liberdade de expressão, na imposssibilidade da denúncia da opressão social e familiar, sentimos que haverá alguma coisa em movimento, como sempre sucedeu na marcha das civilizações.

Mas, realmente, se existe onde está?
- no Mundo mais atento ao islamismo?
- ou, no interior do islamismo?

Uma outra questão, paralela a esta permanece, indecifrável e sem resposta:
É o Islão reformável?

Difícil de responder.
Mas a esperança deveria residir aí, independentemente da proibição do uso de véu...(que é, por assim dizer, a ponta do iceberg).

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